O que fazer na hora de vender o veículo?

O mais importante é manter a originalidade do carro, sem exageros

Por AE

Quando chega o momento de revender o carro usado, muitas pessoas ficam em dúvida: vale a pena investir dinheiro para reparar eventuais problemas (mecânicos ou estéticos), ou é melhor não mexer em nada e tentar negociar algum desconto para fechar negócio?
De acordo com o proprietário de uma empresa de Ecolavagem, Renato Morato, uma preparação para venda, que envolva higienização interna e polimento externo, custa cerca de R$ 600. Ele alerta que o serviço só compensa se a intenção for vender o carro para um particular. “Se a ideia for oferecê-lo a lojista, não vale a pena fazer nada, porque o trabalho não será valorizado”.
A informação é confirmada pelo gerente de vendas de uma concessionária Volkswagen, Marcos Leite. “Preferimos fazer a preparação por nossa conta”, diz. E justifica: “veículo com muito polimento pode ser disfarce para algo mais grave (uma colisão, por exemplo)”.
Se a intenção for vender o carro a particulares, a limpeza profissional é indicada especialmente se o atual dono fuma no veículo ou leva animais (que soltam muito pelo).

MARCAS DA IDADE
Ao longo do tempo, é normal o automóvel acumular pequenas marcas nas laterais (por causa de batidas de portas em estacionamentos, por exemplo) ou mesmo alguns riscos na pintura. Esse é o tipo de defeito que deve ser mantido, garante Marcos Leite. “Uma repintura malfeita apenas para encobrir um risco pode passar a impressão de que o carro foi batido”.
O consultor Paulo Garbossa, tem raciocínio semelhante, e reforça que o importante é manter a originalidade do veículo.
Mesmo no que diz respeito a pneus, Garbossa avalia que é melhor negociar um desconto, em vez de trocar para tentar obter valorização. De acordo com ele, desde que o desgaste dos pneus seja condizente com a quilometragem do veículo, “não há nenhum problema”. O mesmo vale para bancos com tecido esgarçado, por exemplo. Dependendo do tempo de uso, é normal que o veículo apresente sinais de desgaste.
Segundo Marcos Leite, caso o veículo tenha rodas esportivas que não sejam originais, é recomendável a substituição pelo conjunto de fábrica. A razão é que carros com visual esportivo tendem a afastar boa parcela dos compradores, pelo temor de que o veículo tenha sido utilizado de modo mais agressivo. Leite também aconselha a verificação e o eventual conserto de sistemas que não estejam funcionando, como o ar-condicionado, por exemplo.
“Às vezes o ar não está esfriando por falta de carga de gás, que é um serviço acessível e a falta dele pode depreciar o veículo”.

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