Drogas: uma escolha ilusória

Dra. Daniele Guimarães

Psicóloga
CRP: 06/115301

O homem sempre buscou maneiras de aumentar o seu prazer e diminuir o seu sofrimento. É impossível vivermos a vida como ela se apresenta, em função das diversas dificuldades, sem buscarmos soluções para se proteger da dor de existir inerentes ao mal-estar estrutural da civilização. Dentre as diversas soluções muitos encontram o caminho das drogas como forma de amenizar o sofrimento e buscar o prazer.
Mas este pode ser um caminho bastante perigoso! Essa escolha pode levar pessoas a um nível maior de sofrimento e famílias ao grau máximo de desestrutura.
O consumo de drogas lícitas ou ilícitas pode ser diferenciado em uso, abuso e compulsivo (que caracteriza a dependência química).
Poderíamos definir ‘uso’ como qualquer consumo de substância, seja para experimentar, seja esporádico ou episódico; ‘abuso’ como o consumo de substâncias já associado a algum tipo de prejuízo (biológico, psicológico ou social); e por fim, ‘dependência’ como o consumo sem controle (compulsivo), geralmente associado a problemas sérios para o usuário.
Uma das características mais marcantes da dependência química é a perda do controle. O dependente químico nega e insiste em se iludir com a ideia de controle, quando já não mais o tem. A negação de sua situação provoca perdas em seu entorno; seja nas relações interpessoais, no trabalho, na família etc. Às vezes, só quando já perdeu muito, quando não há como ver sua destruição, é que ele procura ajuda.
O tratamento da dependência necessita abranger todas as áreas da vida do paciente. Uma abordagem multiprofissional passa a ser necessária para que o tratamento seja realmente eficaz.

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