Erika Della Líbera • Psicóloga
Falarei sobre a questão emocional, o próximo post o enfoque será voltado à cirurgia bariátrica. Ao que se refere a mudanças de hábitos alimentares chamamos esse processo de comer consciente. Na qual a pessoa passa a identificar sensações e percepções com relação ao alimento, ex: tenho fome ou vontade de comer? No primeiro as reações são fisiológicas ( dor de cabeça, mal-estar), a sensação de fome persiste e ainda pode se intensificar, não é seletiva, qualquer alimento dará saciedade, já na vontade de comer é uma reação emocional sem sinais físicos passa quando se distrai (pizza de calabresa, ou pastel de queijo com bacon).
Ao começar a fazer isso o paciente passa a identificar quais os gatilhos que o levam a procurar o alimento, sabemos que além da necessidade física, alimentar-se desempenha papel reparador, no sentido de preencher algo, já que desde o nascimento uma das primeiras fontes de prazer é por meio da alimentação, a amamentação. Se a mãe, a toda solicitação do bebê responde com alimento, a criança não consegue diferenciar a fome das situações de desconforto, de início o nenê aprecia a sensação de saciedade, e passa a admirar o objeto que proporcionou saciedade, a mãe.
Ao se tornar adulto esse conflito continua, mas agora com os alimentos, por não diferenciar as demandas internas faço igual a mãe que atendia as necessidades do bebê com comida, estou estressado, ansioso, raiva, medo como, a intenção é resolver o que está causando desconforto.
A psicoterapia psicanalítica possibilita a constituição de um novo olhar sobre si, bem como a percepção de que o alimento tem a função de prazer, mas que não o único e o responsável pelas resoluções, incômodos e satisfações da vida!
