“Elvis” trata da difícil relação do astro com seu empresário tirano

O filme estreia nos cinemas brasileiros nesse mês de julho e promete fazer sucesso

Uma das estreias mais aguardadas nos cinemas em 2022, certamente, é o filme “Elvis” que chega às telas para contar a história de um dos maiores fenômenos da música de todos os tempos. Não é difícil imaginar que “recriar” um ícone como Elvis Presley não é uma tarefa nada fácil. Nem para os roteiristas, figurinistas, produtores, atores e diretor. Aliás, com direção de Baz Luhrmann, o longa-metragem apresenta o jovem Austin Butler na pele do homem que se tornou o rei do rock.

Apesar de lançado nos EUA na reta final de junho, o filme tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros em 14 de julho. Retratando o auge e a queda do astro. O roteiro aborda a vida e a música do cantor sob o prisma da sua tumultuada relação com seu empresário enigmático, o coronel Tom Parker (interpretado por Tom Hanks). A história mergulha na complexa dinâmica entre Presley e Parker, que se estendeu por mais de 20 anos, desde a ascensão de Elvis à fama até seu estrelato sem precedentes, tendo como pano de fundo a evolução da paisagem cultural e a perda da inocência na América. No centro dessa jornada está uma das pessoas mais importantes e influentes na vida de Elvis, Priscilla Presley – vivida pela atriz australiana Olivia DeJonge.

O Coronel
Thomas Andrew Parker (1909-1997) é apontado como, talvez, o principal responsável pela carreira de Elvis Presley em termos de gerenciamento de imagem do músico e administração. Mas, também, era um personagem controverso e com passado nebuloso. Começando pelo nome. “Tom Parker” era um nome falso. Andreas Cornelis van Kujik era um holandês adestrador de cães que partiu ilegalmente para os EUA, em 1929, no mesmo dia em que Anna, sua suposta amante, foi espancada até a morte – segundo a polícia, um crime passional. Na América, adotou o nome que o deixou famoso e inventou uma biografia: dizia ter nascido em Huntington, Virgínia Ocidental.

Em 1955, virou empresário de Elvis. Seu mau temperamento era notório. Na gravadora RCA, os novos funcionários recebiam a instrução de “ser sempre amigáveis com o coronel”, que era cruel com subalternos. Parker decidia quais músicas devia gravar.

Era o coronel que apro­vava os argumentos dos filmes de Elvis em Hollywood – apesar de não saber ler. Era, enfim, o coronel quem decidia sobre as amizades do cantor e até com quem deveria casar: pressionou Elvis a trocar alianças com Priscilla Beaulieu Presley em 1967, quando ela ficou grávida de Lisa Marie.

No show business, os em­pre­sá­rios normalmente ganhavam 10% de comissão sobre os clientes. Parker, no fim da carreira de Elvis, cobrava 50%. E ainda achava pouco. E durante a carreira do cantor, o coronel fez vista grossa à sua dependência de barbitúricos, tranquilizantes e anfetaminas.

Antes de Elvis, Parker cuidou da carreira do famoso cantor country americano Eddy Arnold, entre 1944 e 1953. A patente de “Coronel” é um título honorário, que lhe foi concedido por Jimmie Davis, então governador da Louisiana no ano de 1948.

Após a morte de Elvis, em 1977, Tom Parker seguiu gerenciando o espólio do astro até ser afastado judicialmente pelos herdeiros de Elvis em 1983. Ele acabou falecendo em 1997, em quase total esquecimento, e dizem que com uma dívida de cinco milhões de dólares por conta de seu vício em jogos – sobretudo cassinos.

Foto: Divulgação

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