Memórias e fotografias foram coletadas no Grupo Indaiá-Dinossauros
Ana Carolina Lahr
Nos encontros e desencontros da história viva na memória do indaiatubano está a Maternidade Dona Albertina Sampaio de Paula Leite. Escondida dos registros oficiais, a maternidade deixa como herança para Indaiatuba muitas memórias, que foram reunidas e alimentadas graças ao poder do Grupo Indaiá-Dinossauros no ano de 2012.
“Onde é o Fórum hoje havia uma maternidade. O local onde nasci foi objeto de bastante discussão no grupo, pois muita gente publicou recados falando sobre a maternidade e pedindo fotos, até que elas apareceram e, com elas, muitas histórias daquele lugar”, lembra Emil Geiss que mais uma vez encontra o seu lugar na história de Indaiatuba.
“Nasceram muitos Indaiatubanos naquela maternidade nas mãos do Dr. Mario Paulo, Dr. Jácomo Nazário, Dr. Edmundo Lima Pontes, Dr. Pedro Maschieto, que eram os médicos na época. Não havia muita demanda na época na Maternidade, uma vez que muitos nasciam em casa nas divinas mãos das parteiras”, comentou Wainer Quitzau quando a primeira foto da maternidade finalmente apareceu em abril de 2012.
Com detalhes e curiosidades, a memória de muitos velhos conhecidos é também alimentada pela foto já desbotada pelo tempo. “Nasci aí, no terceiro quarto da direita (terceira janela da direita para a esquerda). Minha mamãe mesmo fez o parto, auxiliado por uma enfermeira, pois o médico chegou quinze minutos depois que nasci. E meu pai não tinha dinheiro para pagar as despesas do meu nascimento”, recordou o vereador Carlos Alberto Rezende Lopes “Linho” em um dos comentários da foto que virou celebridade.
Sem muitos registros oficiais que contem a sua trajetória, a maternidade se tornou um exemplo do que a historiadora Eliana Belo chama de ‘verificação de memórias’, como fonte da história do município: “uma questão sobre a história local agrupa memórias que, repetidas, se tornam história”.
enfermeiras Arquivo de Cristina Quitzau publicado em 2012
