Teste do coraçãozinho pode detectar cardiopatias congênitas do bebê e salvar sua vida

Simples e rápido, o teste deve ser realizado em hospital (assim, como o já obrigatório teste do pezinho)  e detecta doenças cardíacas em bebês – como a cardiopatia congênita, que afeta um a cada cem bebês.

Transpiração excessiva e cansaço durante as mamadas, respiração acelerada enquanto descansa, pouco apetite associado a baixo ganho de peso, e irritação frequente são alguns dos sintomas de cardiopatia em bebês, que afeta um em cada 100 bebês nascidos vivos e  cerca  de 80% dos que sobrevivem terão que passar por cirurgias de correção. A informação é de Márcia Adriana Rebordões, idealizadora e presidente da AACC Pequenos Corações, entidade sem fins lucrativos e que presta assistência às crianças acometidas  de cardiopatia congênita e suas famílias.

É considerada cardiopatia congênita qualquer anormalidade na estrutura, ou função do coração, que surge nas primeiras oito semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca, mesmo que descoberto no nascimento ou anos mais tarde. Em bebês, os principais sintomas são: pontas dos dedos ou lábios roxos; transpiração excessiva e cansaço durante as mamadas, respiração acelerada enquanto descansa, pouco apetite associado a baixo ganho de peso e irritação frequente, sem consolo.  Em crianças maiores, a cardiopatia congênita pode se manifestar por cansaço em atividades físicas e dificuldade em acompanhar o ritmo dos amigos; crescimento lento;  quando brinca ou tem um atividade física mais intensa, os lábios ficam arroxeados e a pela empalidece e o coração apresenta taquicardia (ritmo acelerado).

Teste do Coraçãozinho – Para detectar a doença precocemente e iniciar o tratamento adequado o quanto antes, a “Pequenos Corações” recomenda a adoção do teste do coraçãozinho, realizado em hospital e que mede a concentração de oxigênio no sangue e pode determinar se o bebê tem alguma cardiopatia.

“A oximetria, isto é a medição da concentração de oxigênio no sangue, é muito simples de ser realizado: o sensor, oxímetro, é colocado primeiramente na mão direita do recém-nascido e em seguida em um dos seus membros inferiores. Se o resultado for menor que 95%, ou diferença superior a 3% entre o membro superior e o inferior,  um novo teste deve ser feito. Se o resultado se repetir em novo teste, o bebê deve ser submetido a um ecocardiograma, para confirmar a cardiopatia. Sem esse teste, o bebê pode receber alta sem que as anomalias congênitas do coração sejam encontradas, o que pode agravar sua saúde”,  informa Márcia Rebordões.

O teste do coraçãozinho é também recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, como parte da triagem de rotina de todos recém-nascidos.

Para confirmação do diagnóstico, recomenda-se a realização do ultrassom morfológico mais atento ao coração do bebê, que pode indicar  má formação cardíaca do bebê, que por sua vez pode ser confirmada  por um ecocardiograma fetal, que detecta assim o defeito cardíaco. O ecocardiograma fetal é também indicado para todas as gestantes consideradas de risco, como com idade superior a 35 anos, outros filhos cardiopatas, portadoras de diabetes ou lúpus, com fetos com outras alterações ou com alteração no cariótipo (suspeita de síndromes), entre outros.

Cuidados Especiais – Quando o bebê diagnosticado com alguma cardiopatia congênita, um dos cuidados especiais é a imunização contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que pode afetar a já frágil respiração do bebê, levando a hospitalizações frequentes.  A imunização gratuita contra o VSR é prevista pelo Sistema Único de Saúde, mas as normas para sua obtenção podem variar de estado para estado.

Para mais informações sobre a entidade, acesse www.pequenoscoracoes.com, ou a siga pelo twitter (peqcoracoes) ou facebook (pequenoscoracoes).

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