Spielberg viaja em ‘Gigante Amigo’

Por Luiz Carlos Merten/AE

Em Cannes, em maio, a Disney aproveitou o quadro do maior festival do mundo para lançar O Bom Gigante Amigo. O longa que Steven Spielberg adaptou do livro de Roald Dahl estreou no dia 28, nos cinemas brasileiros. Não é, nem de longe, um grande Spielberg, e muito menos está à altura da trilogia informal que ele dedicou ao 11 de Setembro, com os filmes O Terminal, Guerra dos Mundos e Munique. Em Cannes, em uma conversa exclusiva com o repórter do Estado, Spielberg admitiu que, volta e meia, gosta de voltar às suas fantasias.
“Essa história faz parte do meu imaginário há muito tempo. Era o livro que lia para meus filhos, e eles adoravam. Para mim, trata-se de uma história de amor. Não fiz muitos filmes assim na minha carreira.” E Spielberg também fez uma afirmação muito interessante. Disse que trabalhou na Disney com toda liberdade. “Não me impus nenhum limite, de imaginação ou o quê. Quando você faz filmes como Lincoln ou Ponte dos Espiões, a própria realidade o tolhe. Não há muito espaço para a imaginação. Aqui, a pegada é outra. A garota se liga ao gigante amigo e ele a leva em uma jornada de autoconhecimento e superação. É um tema tradicional, mas nem por isso menos relevante. Impulsionou-me a ser livre. Na verdade, tenho a impressão de que nunca me senti mais livre desde o meu começo, nos anos 1970.”
Do elenco, e na pele do gigante, participa Mark Rylance, que ganhou o Oscar de coadjuvante deste ano, por Ponte dos Espiões.

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