Programa Minha Casa Minha Vida amplia foco na classe média

AE/AE

O governo ampliou o acesso da classe média ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). O presidente Michel Temer participou na segunda-feira (6), de cerimônia para anunciar que a renda máxima para ser beneficiário do programa subiu de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil – quase dez salários mínimos, conforme antecipado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. A medida agrada ao setor da construção civil, que sofre duramente com a recessão e exerceu grande pressão sobre o governo em busca de incentivos.
O governo confirmou o reajuste das faixas de renda beneficiadas pelo programa habitacional. Os valores seguiram a informação e foram elevados em 7,69%. Também foi elevado o valor máximo dos imóveis que podem ser incluídos no programa e que usam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As cidades de Campinas e Santos tiveram teto elevado de R$ 215 mil para R$ 230 mil.
O MCMV ampliado terá contratação de 610 mil unidades habitacionais em 2017. O perfil mais ‘classe média’ do programa fica claro na distribuição dessas unidades: 400 mil casas serão destinadas às faixas com maior renda – 2 e 3 – que têm renda entre R$ 4 mil e R$ 9 mil. Entre as demais faixas de renda, a mais baixa terá construção de 170 mil casas neste ano e outras 40 mil unidades ficarão com a faixa 1,5.
O governo, porém, nega que haja ‘desvirtuamento’ do programa, que nasceu para habitação popular. “Não há desvirtuamento. O programa tem três faixas. A 2 e a 3 são destinadas a famílias com alguma capacidade para arcar com financiamento”, afirmou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

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