Padre suspeito de estupro de vulnerável é investigado em Indaiatuba

A Polícia Civil de Indaiatuba iniciou uma investigação sobre um padre suspeito de estupro de vulnerável e de ferir o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Um jovem de 16 anos relatou que foi embriagado pelo religioso e obrigado a fazer sexo com ele.
Segundo o jovem, conforme as informações do Boletim de Ocorrências, o crime teria ocorrido na noite de domingo (18 de maio), após um jantar.

Foto: Freepik

Entenda
O pai menor procurou a delegacia e afirmou que seu filho foi convidado pelo padre para jantar após a missa. Já no restaurante, o jovem teria pedido para consumir bebidas alcoólicas e foram pedidos dois drinks com vodca.
Após a refeição, o pároco sugeriu para o adolescente ir até a casa dele – que fica no andar de cima da igreja. Dentro da residência, tentou massagear as costas do rapaz – que se recusou.
Ainda, segundo o relato do pai, o padre ofereceu uísque e disse que o jovem deveria beber para “ficar mais relaxado”.

Bêbado
O adolescente ficou levemente embriagado, tonto e desorientado e apresentando confusão metal, segundo o boletim de ocorrência.
O religioso, então, pediu para o jovem se despir e recomeçou a massageá-lo. Em seguida, exigiu que fizesse sexo com ele. Depois, mandou que vestisse roupa porque iria levá-lo para casa.
Ao voltar para casa, o adolescente não conseguiu contar para os pais, mas relatou o caso, no dia seguinte, para sua terapeuta – que o encorajou a fazer a denúncia.
O jovem contou aos pais, que procuraram a delegacia para registrar o boletim de ocorrência.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável, porque o padre deu bebida alcoólica ao adolescente, e pelo artigo 243 do ECA, que prevê punição para quem entregar produtos que possam causar dependência.

A Igreja
A Igreja Católica tem enfrentado sérias acusações de abuso sexual cometidos por membros do clero ao longo das últimas décadas. Casos vieram à tona em diversos países, revelando um padrão de acobertamento por parte de autoridades eclesiásticas. As vítimas, em sua maioria crianças e adolescentes, sofreram não apenas abusos físicos, mas também traumas psicológicos profundos. Em muitos casos, os acusados foram transferidos de paróquia em vez de serem responsabilizados. O escândalo abalou a credibilidade da Igreja e gerou uma crise moral interna. O Vaticano tem tomado medidas contra a questão.

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