‘Os Incríveis 2‘ chega às salas do Topázio

Nesta sequência, é helena que está no centro das atenções

Faz quase 14 anos desde que ‘Os Incríveis‘, da Pixar, elevou o nível dos filmes de super-heróis, mas não passa nem um segundo de tempo entre o filme e o ‘Os Incríveis 2’, que continua a ação de forma tão fluida que mais parece um longa de quatro horas. Mas muita coisa mudou nesse intervalo de tempo (na vida real): o mito dos super-heróis foi escurecido, iluminado, serializado e agregado à onipresença. Agora, o roteirista-diretor Brad Bird enfrenta um problema representado por Syndrome, o vilão impostor do primeiro: “Quando Todo Mundo for Super, Ninguém Será.”
A decisão de começar o ‘Os Incríveis 2’ ao final de ‘Os Incríveis’ é a escolha mais conservadora possível para uma empresa que busca lucrar com um de seus maiores sucessos. Também acontece de estar certo. Bird tem a liberdade de abaixar a cabeça e mandar seus personagens para uma nova aventura sem ter que se preocupar sobre onde eles pertencem nos universos da DC e da Marvel, ou quais temas e humores podem estar em voga. Há muitos sinais de modernidade aqui, incluindo avanços impressionantes nos cenários fotorrealistas da Pixar e uma ameaça eletrônica sob medida para a ‘Era do Smartphone’, mas Bird tem motivos para se sentir confiante de que sua família de super-heróis não precisa ser reinventada. Como as famílias, elas são um trabalho perpétuo em andamento.
Não que toda ideia seja nova. Não há conceito mais exausto do que uma sociedade que rejeita os super-heróis por fazer mais mal do que bem, e nenhum sentimento mais fácil do que ridicularizar os políticos por não entenderem “as pessoas que fazem o certo”. Mas ‘Os Incríveis 2’ abre com um novo lembrete de que os especiais nem sempre são apreciados, especialmente quando uma missão como parar o Escavador (John Ratzenberger) causa muito mais danos à propriedade pública – um monotrilho que voa para fora da pista, uma ponte desmoronada, uma perfuração gigante na prefeitura – do que o dinheiro em um cofre de banco poderia cobrir. Os ‘supers’ permanecem ilegais, deixando o Sr. Incrível (Craig T Nelson), Mulher Elástica (Holly Hunter), e seus três filhos precoces desabrigados, desempregados e vivendo em um quarto de motel, resignados a um futuro de mais trabalho braçal como Roberto e Helena Pêra.

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