Numa produção caprichada e com boas atuações, exageros estragam a trama
Estreou na última semana, na plataforma Netflix, o filme “Luther: O Cair da Noite” baseado na série de televisão britânica sobre o detetive John Luther – encerrada em 2019 mas não disponível no Brasil. A trama de 2023 se ancora em um Serial Killer que assombra a cidade de Londres de forma brutal.O assassino é interpretado pelo ótimo Andy Serkis, que ficou famoso por dar vida a Gollum (Senhor dos Anéis) e César (Planeta dos Macacos).
A atuação de Idris Elba (Depois daquela montanha) como Luther é muito convincente. Mas o roteiro parece se perder no excesso de brutalidade aliado à tecnologia que possibilita as redes sociais atualmente que pretendem dar ao serial killer. Em determinado momento, as cenas mais violentas ficam quase infantis e exacerbadas. Fugindo da semelhança com a realidade. E esta similaridade, a rigor, mostra de fato a brutalidade.
De qualquer forma, o filme empolga. E a velha discussão sobre os segredos íntimos de cada um e a atração que o horror e o sofrimento alheio traz para alguns volta à tona.
Sinopse
A história acompanha novamente o ex-policial John Luther, que resolve fugir da prisão após saber que o serial killer a quem sempre perseguiu está solto nas ruas. O vilão, chamado David Robey, é um bilionário e perito em tecnologia que se diverte criando caos em Londres com um único objetivo: derrubar as estruturas do poder.
O filme ainda conta com a boa interpretação de Cynthia Erivo (Harriet, O Caminho para a Liberdade) e um destaque todo especial para Dermot Crowley, chefe aposentado de Luther, que consegue imprimir uma ótima dinãmica à trama.
O final do filme é previsível e não satisfaz completamente o público. Mais uma vez, a criatividade indo além do necessário.
Texto: Rogério Elias & Foto: Divulgação