Identidade Indaiatubana 05/05/2017

por Eliana Belo

O menino da porteira ‘Do Outro Lado’

Quando Indaiatuba era apenas uma pequena cidadezinha formada apenas em volta do Largo da Matriz, Largo da Cadeia (atual Praça Prudente de Moraes) e Largo das Candeias ou Largo das Caneleiras (atual Praça Rui Barbosa ou ‘Praça dos Peixes’, o leito ferroviário da Sorocabana delimitava esse centro urbano, dividindo-o com o ‘Outro Lado’, os que moravam no bairro Santa Cruz.
O Outro Lado foi sendo urbanizado por casebres que tomaram, aos poucos, parte da antiga propriedade do Coroné Belchior, cujo limite começava no Buraco da Estação, onde mais tarde, bem na frente com a Matriz Nossa Senhora da Candelária, seria construído o Hospital Augusto de Oliveira Camargo.
Foi em parte das terras do Coroné Belchior que o Major Alfredo Camargo Fonseca, após comprar uma parte desmembrada, instalou o primeiro sistema de captação de água do município: era uma bomba, instalada ali naquele laguinho que hoje está urbanizado, que transportava água até uma caixa-d´água na atual Praça Prudente de Moraes e dali, o precioso líquido era distribuído para 8 torneiras públicas. A captação era feita no então chamado Córrego Belchior ou Córrego Municipal.

A origem do Bairro Santa Cruz
Mas qual a origem do bairro Santa Cruz, que todos chamavam de ‘Outro Lado’?
A origem é uma história triste, que muitos indaiatubanos comparam e apelidaram como a ‘história do menino da porteira indaiatubano’, em alusão à famosa música interpretada por Sérgio Reis e que virou Drama nas telas do cinema em 2009.
Quem documentou essa história em uma crônica, foi a memorialista e professora Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro que inicia sua narrativa informando que ‘era muito comum as pessoas antigas, os moradores dali, ao se referirem a esse lugar, dizerem: lá da outra banda, ou lá do outro lado [da linha do trem].

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