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Fundação tem papel fundamental na História

Presidente conta como nasceu o Arquivo Público

Ana Carolina Lahr

Embora a rede social tenha propiciado o surgimento de um arquivo vivo coletivo onde os cidadãos indaiatubanos se reencontram e compartilham histórias, é a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba a responsável oficial por atender a comunidade a partir do viés histórico cultural, buscando divulgar e praticar a preservação do patrimônio histórico e a memória da cidade.
Comemorando em 2016 seu 22º ano de atuação e com uma função histórica imprescindível para a manutenção do passado da cidade, por trás da lei que a instituiu em 1988, existiram três entusiastas: Antônio Reginaldo Geiss, atual (e único) presidente da Fundação, Antônio da Cunha Penna e Nilson Cardoso de Carvalho. “A História de Indaiatuba começou a existir com a Fundação, porque antes ninguém fazia questão”, enfatiza Geiss.
Foi na década de 1980 que nasceu a iniciativa, quando o Casarão do Pau Preto estava para ser demolido e foi salvo por um movimento popular. “O governo da época nomeou então uma Comissão que tinha o dever de resgate histórico do município. Eu e mais cinco pessoas fomos nomeados pelo prefeito”, recorda o presidente.
Mas, engana-se quem acredita que esse foi o início do Pró-Memória Indaiatuba. “O grupo se desmanchou logo porque percebemos que nosso trabalho não tinha efeito algum”, recorda Geiss.
Foi assim que ele “perdeu a paciência” e deixou o Conselho, levando consigo outros dois membros: Penna e Carvalho, que também tinham propósitos maiores.
Com o objetivo de obter orientação para um trabalho sério e profissional, os três fizeram uma visita ao Arquivo Público da cidade de Rio Claro, referência na região naquela época.
Em 1988, a Lei Municipal 2.437 criou a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. Orientados pela arquivista de Rio Claro, os três estruturaram a Fundação e criaram um estatuto. A luta não estava vencida, porém.
A Fundação não chegou a funcionar pois não recebeu transferência de bens e recursos municipais nem de materiais que pudessem compor seu acervo. “O Estatuto foi aprovado sem restrições pelo governo, mas ele chegava ao fim e o próximo mandato não se interessou pela Fundação”, lembra Geiss com pesar.
Em 1993, o Pró-Memória foi novamente instituído pela Lei Municipal nº 3.081, que considerou públicas todas as fundações criadas ou mantidas pelo Poder Público.
Efetivamente instalado em fevereiro de 1994, tomou como tarefa prioritária a implantação do Arquivo Público Municipal. “Sabe quem é referência agora? O nosso arquivo. O fato de sermos uma Fundação nos dá uma autonomia onde você não fica atrelado aos mandantes da época. Acredito que nosso grande ganho foi esse”, orgulha-se o presidente.

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