Filme revela Stones em Cuba

Julio Maria/AE

Os Rolling Stones escreveram, no dia 23 de março, um capítulo que deve estar nas novas biografias sobre a banda a serem lançadas daqui em diante. Eles foram a Cuba quebrar alguns tabus em uma só noite, no castigado gramado da Ciudad Deportiva de Havana.
Mais do que realizar a primeira investida na Ilha castrista depois de 50 anos de carreira, os Stones se tornaram a primeira grande atração internacional do rock a juntar uma multidão em Havana. Estiveram presentes mais de 1 milhão de fãs de três gerações: crianças que ouvem ‘Satisfaction’ nas emissoras de rádio e na internet com liberdade irrestrita; jovens que não conheciam a sensação da catarse diante de um grupo de rock; e senhores emocionados por estarem vivos diante de um sonho.
Assim que Fidel chegou ao poder, em 1959, proibiu não só a veiculação dos Stones nas emissoras de rádio e TV como baniu toda e qualquer manifestação roqueira. A música que simbolizava a cultura imperialista dominante não poderia ser mais tocada nem nas festas de 15 anos das garotas de Havana. O show de março, realizado uma semana depois da festejada passagem de Barack Obama pela Ilha, foi uma bandeira da vitória hasteada no quintal de Fidel. Enquanto seu regime abre concessões econômicas históricas para não definhar, Mick Jagger ainda rebola.
Os Stones sabiam do tamanho do feito e decidiram registrar quase tudo. Seis meses depois, eles lançam o filme “Havana Moon – The Rolling Stones Live in Cuba”, dirigido por Paul Dugdale, em cinemas do mundo no mesmo dia 6 de outubro. A exibição será feita apenas pelas redes Cinemark, Cinépolis e UCI.

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