Suicídio: um ato mais complexo do que se pensa

Karina Borgonovi
Silva Barbi

Psiquiatra
CRM: 114641

Atualmente, deixou de ser incomum recebermos uma notícia de que alguém cometeu suicídio. Com o advento da informação rápida e global, tomamos cada vez mais conhecimento de casos pelo mundo todo, inclusive com a possibilidade de assistir às impactantes ‘transmissões ao vivo’ já feitas em redes sociais. Observamos que esse ato é cometido por qualquer pessoa independentemente da idade, sexo e classe social (assim como vimos com atores e cantores famosos).
Essa realidade que vivemos hoje tem deixado a maioria das pessoas perplexas, além de gerar questionamentos sobre o que leva uma pessoa a se suicidar. Pela gravidade deste quadro, organizações globais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) fazem o acompanhamento contínuo dos índices e produzem materiais de orientação para profissionais da Saúde com a finalidade de atuar na detecção e prevenção deste comportamento. No entanto, apesar de todo este esforço, não observamos grandes reduções nos índices mundiais. Segundo a OMS, entre os anos de 2012 e 2015 o índice caiu de 804 mil para 788 mil mortes por suicídio no mundo todo, mas por ser uma média, em alguns países houve na verdade aumento dos casos, assim como aconteceu com o Brasil, em que as mortes por suicídio passaram de 9.852 para 11.178 casos entre 2011 e 2015.

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