São Paulo tem tratamento inédito de HIV

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo iniciou na semana passada a distribuição do medicamento Truvada no SUS (Sistema Único de Saúde). O item passa a ser fornecido como terapia pré-exposição (PrEP) para prevenção do HIV às pessoas com maior chance de exposição. Na RMC (Região Metropolitana de Campinas), o centro de distribuição mais próximo de Indaiatuba é o Centro de Referência em IST/Aids de Campinas.
O medicamento é indicado a homens que fazem sexo com homens, mulheres transexuais, travestis, profissionais do sexo que tiveram relações sexuais sem uso de preservativo nos últimos seis meses e/ou episódios recorrentes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e/ ou tenham usado repetidamente medicamentos de profilaxia pós-exposição (PEP).
Também poderão receber o remédio casais sorodiscordantes para o HIV (quando um parceiro tem o vírus e outro, não) que mantêm ou tenham tido relações sexuais sem uso de preservativos. Para recebimento, o interessado deve comparecer à Unidade de Referência de seu município e passar por avaliação para critérios de elegibilidade, incluindo a realização de teste/diagnóstico rápido de HIV.
Caso o resultado do exame seja negativo, e o paciente se encaixe nos critérios estabelecidos para recebimento do tratamento, será indicado a receber a PrEP. Em caso de positividade, o paciente será encaminhado para tratamento e acompanhamento da infecção pelo HIV, como já prevê o fluxo da rede. O Truvada é contraindicado para pessoas com doença renal, porém os locais de referência farão avaliações médicas em todos que procurarem pelo tratamento. O medicamento pode ter efeito colateral leve, como dores de cabeça, náuseas e inchaço. Aos pacientes que aderirem à terapia, é recomendado o uso de preservativo durante as relações sexuais, pois a PrEP não protege contra outras doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, o medicamento começa a fazer efeito a partir do sétimo dia para exposição por relação anal e a partir do vigésimo dia para exposição por relação vaginal.
Durante o tratamento, os usuários serão acompanhados pelo serviço de referência. Após o início do tratamento, haverá retorno em um período de 30 dias e, depois, a cada três meses.

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