Photo Credit To divulgação

Q7 e XC90: um duelo de autonomia

Capazes de rodar 900 km com um tanque, versões a diesel de Audi Q7 e Volvo XC90 se enfrentam

AE/Rafaela Borges

No segmento de extremo luxo, em que os clientes não estão muito preocupados com economia, os carros com motor a diesel têm outro apelo: a autonomia. No caso do XC90 e do Q7, é possível rodar 900 km sem reabastecer. Repletos da mais avançada tecnologia, os utilitários grandes de Volvo e Audi se enfrentam nesse comparativo.
O Q7 sai na frente em preço. Vendido no Brasil em versão única, Ambition, o alemão a diesel parte de R$ 417.290, ante os R$ 475 mil do sueco. Mas se receber todos os opcionais disponíveis no país, para ficar equiparado ao XC90, a tabela do Audi vai a R$ 510.790.
Por isso, apesar de ter nota maior em preço, o Q7 é pior no quesito equipamentos. Além de trazer menos itens de série, as tecnologias eletrônicas de ponta disponíveis no Volvo têm funcionamento mais eficiente. A vantagem do XC90, porém, termina aí. O Audi vence o duelo por ser superior em conforto, dirigibilidade e desempenho. Seu motor 3.0 turbo é V6 e gera 258 cv.
Não é uma vantagem tão ampla ante os 235 cv do XC90 (2.0 de quatro cilindros), mas, no torque, a superioridade é colossal. São 61,3 mkgf a 1.250 rpm, ante os 49 mkgf do rival, força que chega em rotação um pouco mais alta (1.750 rpm).
Com peso mais de 200 kg inferior ao do XC90, o Q7 é vigoroso nas arrancadas – vai de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos. O Volvo é correto e eficiente em acelerações e retomadas, mas não empolga. Para acelerar de 0 a 100 km/h, leva 7,8 s. O Audi é silencioso. Para quem está a bordo, o Volvo deixa claro que seu motor é a diesel.
A estabilidade também é superior no Q7. Mesmo grandalhão e com centro de gravidade alto, o Audi faz mudanças de trajetória como se fosse um veículo leve e pequeno. A carroceria não oscila em curvas nem balança em alta velocidade.
Um de seus trunfos é o eixo traseiro direcional (opcional vendido em pacote a R$ 32 mil). As rodas de trás podem virar em até 5°. Isso também facilita bastante as manobras de estacionamento.
O XC90 é mais difícil de manobrar e menos estável nas mudanças de direção. Sua carroceria balança muito e a dirigibilidade lembra a de utilitários feitos sobre chassi (embora o Volvo utilize monobloco).

Tecnologia e luxo
O acabamento desses utilitários é primoroso. O XC90 investe mais na sofisticação e o Q7, na jovialidade. Os dois modelos trazem painel de instrumentos virtual. O do Audi é mais fácil de configurar e ler.
Já a tela da central multimídia do Volvo, vertical, é um espetáculo à parte. Sensível ao toque, concentra o comando de todas as tecnologias do carro e projeta imagens bem nítidas das câmeras de 360°.
O monitor do Audi é mais ‘careta’, e controlado por botões no console central. Em ambos há sete lugares. Os dois bancos da terceira fila acomodam apenas crianças. Os do Audi são opcionais e têm rebatimento elétrico – manual no XC90.
Nos dois carros, o espaço traseiro é amplo, graças aos entre-eixos de quase 3 metros. Os túneis centrais altos até podem atrapalhar o passageiro do meio, mas não chegam a comprometer o conforto a bordo.

Conteúdo somente para assinantes. Por favor faça o login

Notícias Semelhantes