Preconceito na saúde mental

Maria Lucia Santo
de Melo

Pedagoga / Psicopedagoga
Especialista em Educação Especial

A saúde mental deve ser enxergada como qualquer outra, a prevenção é uma das maneiras mais eficientes que temos para prevenir ou mesmo amenizar alguns sintomas.
A sociedade tem a mania, ou até necessidade de fazer comparação entre o normal e o patológico, porém do ponto de vista cultural, o que na sociedade é considerado normal e adequado, pode ser considerado em outra cultura ou em outro momento histórico de anormal ou patológico. A ‘normalidade’ dá poder à ciência, pois a partir do diagnóstico feito por um especialista, esse por sua vez corre o risco de formular o destino de um indivíduo rotulado.
Esse diagnóstico, caso positivo para qualquer distúrbio ou transtorno, deve ser visto como o ponto de partida para uma reabilitação com uma equipe multidisciplinar. Porém em muitos casos, o problema de procurar um especialista na saúde mental é o preconceito, essa atitude pode dificultar a busca pela ajuda para a pessoa que sofre e pode inclusive atrapalhar para que outros os auxiliem.
De acordo com Dr. Gustavo Teixeira, quando uma professora, percebe algo de diferente no aluno como, por exemplo, uma criança reclama de dores de cabeça, diz que não enxerga, a mãe fica a par dessa situação e quase que imediato marca um oftalmologista ou mesmo o pediatra para saber se há algum problema com seu filho, escuta o prognóstico e segue o tratamento.
Em uma outra situação, se a mesma professora chama a mãe para falar do comportamento do filho e de suas ações impulsivas e agitadas, em decorrência dessas atitudes, o rendimento cai, a primeira reação de muitos familiares é negar a visita ao especialista, seja ele psiquiatra infantil ou neuropediatra.

Conteúdo somente para assinantes. Por favor faça o login

Notícias Semelhantes