Parlamento da RMC debate a Lei Lucas

Presidentes de Câmara e vereadores da Região Metropolitana (RMC) estiveram reunidos na sexta-feira (13) em Hortolândia para a reunião mensal do Parlamento Metropolitano. Presidido pelo vereador Hélio Ribeiro, o encontro contou com dois debates principais: dependência química e primeiros socorros nas Unidades Escolares dos Municípios que compõem a região.
O encontro contou ainda com a presença do deputado federal Luiz Lauro Filho (PSB), relator da Lei Lucas, debatida em Hortolândia pela mãe do menino Lucas, que morreu engasgado com um cachorro-quente durante um passeio escolar. Pelos laudos, a vida do garoto teria sido preservada se tivesse recebido a intervenção de qualquer pessoa que soubesse fazer uma manobra simples de salvamento. Desde então, a mãe do garoto luta para que Unidades Escolares treinem aqueles que têm contato com as crianças.
Além de Hélio Ribeiro e do deputado Luiz Lauro Filho, a reunião do Parlamento da RMC contou com as presenças do prefeito do Município de Hortolândia, Ângelo Perugini; do deputado estadual Ênio Tatto; do presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp), Sebastião Miziara; do presidente da Câmara de Hortolândia e 1º Tesoureiro do Parlamento, Edmilson Marcelo Afonso, o Zaca; e do Presidente da Câmara Municipal de Vinhedo e 2º vice-presidente do Parlamento Metropolitano, Nil Ramos.
Também estiveram presentes a 3ª Secretária do Parlamento Metropolitano e presidente da Câmara Municipal de Nova Odessa; o presidente da Câmara de Americana e presidente da Frente Parlamentar de Segurança Pública, vereador Alfredo Ondas; o presidente da Câmara de Cosmópolis, André Luiz Barbosa Franco; o presidente da Câmara de Itatiba, Flávio Monte (acompanhado do vice-presidente Hiroshi Bando) e a presidente da Câmara de Holambra, Naiara Regitano Hendrikx; além de vereadores de toda RMC e os vereadores-mirins de Hortolândia.

Dependência
O primeiro tema abordado durante a 2ª reunião de 2018 do Parlamento da RMC debateu o tema Dependência Química, abordado pela assistente social e coordenadora diocesana da Pastoral da Sobriedade, Joaquina Nadir Mattos e pelo terapeuta ocupacional e agente da pastoral, Carlos Morelli.
O objetivo do debate foi levantar questões pertinentes a todos os Municípios que compõem a Região Metropolitana de Campinas e encontrar formas de tratar dependentes e co-dependentes de drogas e demais dependências na região. “A dependência é um assunto que passa por questões Sociais, de Saúde e de Educação, por exemplo, e não só pela questão da Segurança Pública”, lembraram os palestrantes.

Lei Lucas
A dor pela morte do menino Lucas se transformou na ‘Lei Lucas’, como ficou conhecido o projeto que tem tornado obrigatório a capacitação em primeiros socorros de parte dos professores e funcionários de Instituições de Ensino Públicas e Privadas e estabelecimentos de recreação infantil no país. O projeto nasceu após a morte de Lucas Begalli Zamora de Souza, de 10 anos, que morreu engasgado com um cachorro-quente durante um passeio escolar.
A partir daí, a mãe do garoto, Alessandra Begalli Zamora e a tia, Andrea Zamora Bettiati, iniciaram um movimento de sensibilização para que fosse possível criar lei capaz de assegurar a presença de pessoas aptas a prestar atendimento inicial em casos de emergência. A proposta foi apresentada e aprovada primeiro em Campinas e agora se espalha pelo Brasil. “Transformamos a dor em luta”, lembrou Alessandra em sua apresentação, em Hortolândia.
De acordo com o relator do projeto em Brasília, o deputado Luiz Lauro, no ano de 2016, mais de 2,3 mil crianças de 0 a 14 anos faleceram por causa da falta de pessoas habilitadas a prestar os primeiros socorros.
Pela Lei, os estabelecimentos também precisam dispor de kits de primeiros socorros, conforme orientação das entidades especializadas em atendimento emergencial à população.
“Os assuntos debatidos durante nosso encontro mensal do Parlamento da RMC são pertinentes e ambos se entrelaçam ao envolver a dor de famílias inteiras; tanto a questão da dependência quanto a morte de uma criança, são questões devastadoras para qualquer família e, portanto, para toda a sociedade, que precisa debater esses temas e encontrar formas de evitar, acolher, tratar, se unir e amparar todos que passam por isso, de forma conjunta, sistêmica e com união; daí a importância do Parlamento nessas ações”, afirma o presidente Hélio Ribeiro.
A próxima reunião do Parlamento da RMC acontece em maio, em Hortolândia e vai debater, entre outros assuntos, uma rede capaz de zerar o número de atendimentos oftalmológicos nos Municípios da região.

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