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Novo Honda Civic em dose dupla

Por ora, o motor 1.5 turbo virá dos EUA. A versão nacional e flexível deve chegar em 2017

AE/AE

O nome continua o mesmo. Mas, se não trouxesse a palavra ‘Civic’ estampada na carroceria, dificilmente seria possível reconhecer a 10ª geração do Honda. Além dos novos visual e dimensões – 11 centímetros a mais no comprimento, 4,5 cm na largura e 3 cm na distância entre eixos – o sedã ganhou ‘jeitão’ de cupê, por causa da linha contínua do teto à tampa do porta-malas, que tem 519 litros de capacidade (antes eram 449) e aumento de preços. Na linha 2017, a versão mais acessível, Sport, com motor 2.0 flexível e câmbio manual, parte de R$ 87.900, ou R$ 12.200 a mais que a tabela da LXS da geração anterior. A Touring, de topo traz o novo 1.5 turbo e a caixa automática CVT, inédita na linha, por R$ 124.900 – a EXR 2016 partia de R$ 94.100.
Se serve como alento, nas respostas o Civic também parece ser outro carro. A R$ 105.900, a versão EXL traz o conhecido motor 2.0 de até 155 cv (com etanol), agora acoplado ao câmbio automático CVT de relações continuamente variáveis. ‘Cereja do bolo’, a Touring vem com o novo 1.5, que, além do turbo, traz injeção direta de gasolina e gera 173 cv.
Apesar disso, não espere as respostas temperamentais da 8ª geração, porque esse propulsor também vem acoplado ao câmbio automático CVT.
Na prática, exceto pelo preço, o Civic melhorou em tudo, mas em desempenho a impressão é que o Honda piorou. O motivo é que a nova transmissão dá uma certa pasteurizada no comportamento.
Em carros com caixa manual ou automática convencional, com marchas predeterminadas, há variação de rotação, desempenho e ruído entre as trocas. Essa dinâmica não existe nas do tipo CVT, que fazem o giro do motor subir de forma linear e constante.
É como as esteiras rolantes: muito eficiente, mas sem emoção no passeio. Na prática, você pisa no acelerador, a agulha do conta-giros sobe até onde se deseja e fica lá, enquanto a velocidade aumenta aos poucos.
Mas há uma boa surpresa. Ao mudar a alavanca (bem curta, aliás) de ‘D’, de Drive, para ‘S’, de Sport, a caixa passa a variar a rotação nas trocas, como nas automáticas convencionais. É a solução ideal para deixar o carro animado o tempo todo. Além disso, há comandos no volante, para trocas manuais (nesse caso, são sete marchas).

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