Modalidade cresce em meio à crise

AE/AE

Em tempos de restrição de crédito e aperto no orçamento, trocar de carro e ainda sair com dinheiro no bolso pode parecer uma oferta vantajosa, ainda mais por causa das taxas de juros mais baixas do que as praticadas no empréstimo pessoal. A modalidade, chamada de ‘troca com troco’, ganha apelo com a crise, mas exige atenção na hora de fechar o negócio para que o consumidor não faça um mau negócio.
No Banco do Brasil, por exemplo, o saldo da carteira da modalidade ‘troca com troco’ registrou crescimento de 18% ao fim do primeiro semestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015, o valor médio contratado foi de R$ 40 mil. A proposta é trocar o carro atual por outro mais acessível e, assim, sair com dinheiro no bolso.
No entanto, o caminho não é tão simples: segundo um levantamento da Proteste, Associação de Defesa dos Direitos do Consumidor, o primeiro problema está na subavaliação do veículo oferecido na troca.
Anonimamente, a entidade visitou quatro concessionárias e duas revendedoras, com um carro cujo valor de mercado é de R$ 28.095, segundo a tabela Fipe. As ofertas das empresas, porém, ficaram de R$ 3 mil a R$ 6 mil abaixo do preço de tabela.
Além do deságio, as concessionárias ofereceram veículos novos ou seminovos na troca, com valor superior ou equivalente ao do oferecido. Para que o negócio seja vantajoso para o bolso, o ideal é adquirir um veículo mais em conta.
“O problema no caso da ‘troca com troco’ é que seu carro será comprado com um grande deságio, e isso pode anular qualquer vantagem que você teria com uma taxa mais baixa de juros no novo financiamento”, alerta o educador financeiro Rafael Seabra.

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