Leandra Leal é dona de muitos talentos

AE/Luiz Carlos Merten

Leandra Leal está em todas – na TV, com a reprise de Cheias de Charme; no cinema, como atriz (La Vingança); e diretora (Divinas Divas). Está faltando o teatro – “Volto no mês que vem (abril) com um projeto que vamos implantar no Rival, no Rio. Todas as quartas do mês, um espetáculo em homenagem ao teatro de revista. Vou fazer com uma galera bem bacana do Buraco da Lacraia.” Refere-se à casa noturna LGBT do Rio. Você está tão acostumado a ver Leandra em papéis densos que talvez estranhe vê-la em uma comédia. Não que ela não tenha feito antes. Mato sem Cachorro, com Bruno Gagliasso, foi bem de público e até de crítica. Mas de Leandra você espera papéis como o de Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra. Então, por que a comédia? Por que La Vingança?
“Avalio os projetos pelo roteiro e pelas pessoas com quem vou trabalhar. O Jiddu (Pinheiro, codiretor com Fernando Frahia) conheço desde os 15 anos, é um cara muito legal. O roteiro pareceu-me muito inteligente e divertido, essa coisa da rivalidade entre brasileiros e argentinos. E eu achei que seria uma experiência de vida filmar na Argentina. Foi. Falava um portunhol selvagem. Foi muito divertido.” Na trama de La Vingança, Felipe Rocha vai pedir a mão de Leandra e a encontra na dispensa do restaurante em momento de intimidade com o chef. O mundo dele desaba. Seu amigo Daniel Furlan o convence a viajar à Argentina para pegar quantas mulheres puderem, dessa maneira se vingando dos ‘hermanos’.
Leandra avalia Júlia, sua personagem. “Ela não é cachorra, não trai por trair. A Júlia está há muito tempo em uma ligação que ficou desinteressante. O próprio Caco, quando vai pedi-la em casamento, não está empolgado. Pede porque acha que tem de pedir, mas é tarde.” Leandra comenta o set de comédia. “Rola uma energia diferente. É mais leve, mas não acho que fazer comédia seja fácil. O gênero exige técnica, ritmo, precisão.” Embora não tenha nada a ver, é uma experiência puxada como protagonizar novela. “Tenho o maior respeito por quem consegue. Na Império, fiquei alguns meses fora do ar, totalmente focada no trabalho. Era muito texto para decorar, muitas cenas para gravar. Ficava o dia no estúdio e, de noite, quando chegava em casa, tinha os textos do dia seguinte para repassar. Quem olha de fora não tem noção do trabalho que dá.”

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