Indaiatuba perde vagas de trabalho na Construção Civil

Há previsão de alta de 2% para 2018; Resultado depende de variáveis econômicas

Foto Luciano Dibalbino

O SindusCon-SP estima um crescimento de 2% no PIB (Produto Interno Bruto) da construção brasileira para 2018, conforme dados divulgados em Coletiva no fim de novembro. A Regional Campinas, que atende 79 cidades do interior de São Paulo, representa 11% da construção do Estado de São Paulo e fechou outubro com 74.459 postos de trabalhos com carteira assinada.
Em Indaiatuba, a queda foi de 112 vagas formais e fechou o mês de outubro com saldo de 4.991 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) foi de -16,95%. Os dados apontam que durante o ano, o número de perdas de vagas de trabalho foi de 620. Já dentro dos últimos 12 meses o número foi de 1.011, vagas, ou seja, uma variação de -16,84%.

Apesar da boa notícia, o setor deverá fechar 2017 com queda de 6,4%

Apesar da boa notícia, o setor deverá fechar 2017 com queda de 6,4%. A estimativa significa uma mudança de panorama em relação ao início do ano, quando o cenário apontava elevação de 0,5% no PIB da Construção.
Em comparação com setembro deste ano, Campinas registrou queda de 67 vagas formais na Construção e fechou o mês de outubro com saldo de 18.958 vagas de trabalho e um acumulado (janeiro a outubro) de 3,03%. A queda em Americana foi de 25 vagas formais e fechou o mês de outubro com saldo de 4.077 vagas de trabalho. Limeira teve queda de 56 vagas formais fechando outubro com saldo de 3.953 vagas
Em Paulínia a queda foi de 73 vagas e fechou outubro com e saldo de 1.292 vagas de trabalho. Em Valinhos, houve geração de 31 vagas formais e o mês de outubro fechou saldo de 1.294 vagas de trabalho.
Para atingir essa alta de 2%, o cenário base considera um PIB no Brasil de 2,5%, segundo dados da FGV em parceria com o SindusCon-SP. As perspectivas para 2018 contemplam o aumento no número de empregos e na confiança do empresário da Construção; melhorias no mercado imobiliário, lançamentos, vendas e distratos (quando uma venda é concretizada e cancelada em seguida); aumento nas contratações de empreendimentos do MCMV (Minha Casa Minha Vida), realizadas nos últimos meses de 2017 com reflexo em 2018.
Em levantamento realizado pelo SindusCon-SP com cerca de 700 empresas do setor no Brasil, chamado de Sondagem da Construção, a expectativa de melhora no setor para o empresário em novembro atingiu 89,4%. Na sondagem de novembro de 2016, essa confiança era de apenas 37,2%. “A confiança é essencial para o empresário decidir investir. Entre 2016 e 2017, o governo deixou de investir em pastas essenciais e isso afetou o setor. No Ministério das Cidades a queda foi de 50% nos investimentos”, analisa o diretor da Regional Campinas, Marcio Benvenutti.
Benvenutti também destacou as ameaças para o setor, no próximo ano: “nos últimos três anos a Construção perdeu cerca de 1,1 milhão de trabalhadores e essa recuperação requer cautela e estabilidade. As incertezas políticas, o quadro fiscal preocupante e a dificuldade do governo em promover reformas em ano eleitoral são ameaças diretas à possibilidade de retomada da Construção em 2018”.
Ele comentou que a Construção Civil teve um ano difícil e que o mercado sentiu, tanto na quantidade de obras quanto na redução das vagas de emprego. Ainda assim, há uma projeção positiva para 2018 mas, sobretudo, uma projeção realista.

 

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