O prêmio, que a partir de agora passa a ser chamado de ‘Os Melhores’, contemplou 25 categorias
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A eleição anual dos melhores do país feita pelo Jornal do Carro chega à sua 11ª edição cheia de novidades. Pela primeira vez, os campeões foram premiados, em cerimônia que ocorreu durante o Salão do Automóvel de São Paulo, e contou com a participação de executivos de montadoras, empresas relacionadas ao setor de veículos e do Grupo Estado.
O prêmio, que a partir de agora passa a ser chamado de ‘Os Melhores’, contemplou 25 categorias. Além de 12 segmentos de veículos, há duas novidades eleitas pela redação, os melhores nas categorias ‘Carro Verde’ e ‘Inovação’.
A 15ª e principal, ‘O Melhor do Ano’, escolhe o melhor carro entre todos os eleitos. O prêmio deste ano ficou com o Civic, cuja décima geração acaba de chegar ao Brasil. Foram considerados na eleição todos os modelos vendidos no país.
Outra novidade é a inclusão de dez categorias, cujo objetivo é mostrar a percepção dos consumidores sobre produtos e empresas relacionadas à indústria automobilística. Os campeões foram escolhidos por meio de pesquisa inédita realizada pelo Ibope com consumidores de todas as regiões do Brasil.
Como já é tradição, uma enquete feita com leitores apontou o melhor carro do Brasil na opinião dos internautas. Participaram da consulta os 28 finalistas (dois por categoria) escolhidos previamente pela redação.
O vencedor foi o Golf, que obteve 13,17% dos votos. O modelo da Volkswagen foi também o campeão escolhido pela equipe na categoria de hatches médios.
O segundo lugar, na opinião dos internautas, ficou com o Ford Fusion (11,14%) e o terceiro, com o VW Up! TSI (8,83%).
PÚBLICO
Os consumidores elegeram os melhores produtos e empresas ligadas ao setor de veículos em dez categorias. Além de modelos de carros e montadoras, a premiação contemplou marcas que atuam nos segmentos de pneus, combustíveis e até financiamentos, entre outras. Para chegar ao resultado, foram ouvidas 1,5 mil pessoas de todas as regiões do país. Entre os campeões, um dos destaques foi o Honda Civic, escolhido pelos entrevistados como o ‘Lançamento do Ano’. Nessa mesma categoria, o novo Chevrolet Cruze ficou em segundo lugar e a picape Ford Ranger, em terceiro.
HATCH DE ENTRADA
Entra ano, sai ano, o Fiesta permanece impassível como o melhor hatch compacto na eleição. Pela quarta vez seguida, o modelo da Ford se impõe como o vencedor da categoria.
Entre as virtudes, o Fiesta mantém estilo atual, mesmo tendo sido reestilizado em 2013, quando passou a ser feito no país (antes, vinha do México). O visual é agressivo e seu desempenho entrega o que o estilo sugere.
HATCH MÉDIO
Versões com motores 1.0, 1.4 e 2.0 turbinados e até uma 1.6 aspirada, dirigibilidade impecável e construção sólida foram as grandes armas do Golf diante dos concorrentes para, novamente, ganhar o posto de melhor hatch médio do Brasil.
O Volkswagen fabricado no Paraná sustenta o bom nome que conquistou no país e agrada desde a opção mais em conta, com motor 1.0 turbo de até 125 cv e câmbio manual, que parte de R$ 74.990.
A gama é a mais variada do segmento – e uma das mais completas do mercado. Tem Golf para tudo quanto é gosto. Da versão básica para a de topo, a esportiva GTI, a diferença de preço supera os R$ 50 mil, o que ressalta a peculiaridade dessa linha de produtos no Brasil.
Mas se engana quem acha que a vida do Golf é fácil. O VW tem de encarar rivais como o Ford Focus, que é o líder de vendas do segmento e começa em R$ 74.590. E, durante o Salão do Automóvel, a Chevrolet lançou o hatch Cruze com o ótimo motor 1.4 turbo e promessa de agitar a categoria. Sua tabela parte de R$ 89.990 e vai a R$ 110.990.
SEDÃ COMPACTO
Em um segmento sem muitas novidades, o Fiesta Sedan mantém seu reinado graças ao bom conjunto mecânico e à tecnologia que entrega. O Ford é o único modelo do segmento com equipamentos como câmbio de dupla embreagem, sete airbags e controles de estabilidade e tração.
As versões de topo acrescentam partida sem chave, ar-condicionado digital e central multimídia com tela sensível ao toque (algo que a versão hatch não tem).
Ainda assim, o valor é próximo ao do principal rival, Honda City, que parte de R$ 60.900. Quem não quiser gastar tanto terá de optar por modelos 1.0, como Prisma e HB20, oferecidos por cerca de R$ 45 mil.
SEDÃ MÉDIO
A 10ª geração do Honda Civic acaba de chegar ao Brasil repleta de qualidades e com foco em não errar, já que o modelo anterior não fez lá muito sucesso por aqui. Fruto de um projeto global, o sedã feito em Sumaré (SP) agrada pelo porte, nível de conforto e tecnologia embarcada, que o tornam superior aos concorrentes em muitos aspectos.
O sedã tem duas versões de motor: 2.0 flexível de até 155 cv e 1.5 turbo a gasolina de 173 cv. O ‘menor’ é um dos melhores da categoria, mas só está disponível na configuração de topo, Touring, à venda no mercado brasileiro por elevados R$ 124.900. Por isso, infelizmente poucas pessoas terão acesso a um carro tão bacana.
Na versão de entrada, Sport, a Honda foi feliz na estratégia de dar ao carro um visual mais esportivo. O objetivo é atrair principalmente os consumidores mais jovens, que costumam valorizar mais o desenho que o conteúdo – embora essa opção também seja bem equipada.
O Civic tem concorrentes fortíssimos no mercado. O líder de vendas é o Toyota Corolla, que, embora seja um rival tradicional do Honda, é um produto bem inferior. Outro páreo duro para o Civic é o Chevrolet Cruze, que também acaba de chegar em nova geração e se destaca pelo ótimo motor 1.4 turbo.
SEDÃ GRANDE
Esta é uma categoria bem variada, que agrega desde os médios-grandes até grandalhões luxuosos, como Mercedes Classe S e BMW Série 7. E nessa miscelânea de preços, dimensões e níveis de sofisticação, o Ford Fusion voltou a se apresentar como a melhor opção para quem precisa de bom espaço, ótimo porta-malas e tecnologia de ponta.
Com tabela de R$ 121.500 (versão SE flexível, de 175 cv) a R$ 159.500 (híbrido), o Ford tem no custo-benefício a melhor arma. Dos rivais, o Honda Accord parte de R$ 162.500 e o VW Passat, de R$ 161.190. Os demais são bem mais caros.
PERUA
O Golf é um carro e tanto. Em 2014, sua sétima geração levou o título de melhor carro do país e agora conquistou o topo do pódio do segmento na eleição feita pelo JC. Outra boa noticia é que as virtudes do médio da Volkswagen não se restringem ao hatch – a Golf Variant, versão perua que chegou no ano passado e levou, de cara, o título de melhor produto na categoria, acaba de repetir a dose.
A explicação é muito simples: da dianteira até a coluna ‘C’, o modelo familiar é idêntico ao hatch do qual deriva. Ou seja: além de preservar todos os atributos da ‘família’, pode levar muito mais bagagem a bordo.
