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Homem foi absolvido mas ainda sofre danos

Ele foi inocentado pela acusação de abusar sexualmente de sua filha

LARISSA FERREIRA

Em novembro de 2011, um caso de abuso sexual de uma criança de três anos ganhou os holofotes em Indaiatuba. O acusado era o pai da menina, Gilson Patrício Pinto, na época com 49 anos. Após cinco meses preso, foi julgado e considerado inocente. Para a Justiça, ficou provado que a criança tinha lesões no órgão genital e ânus por conta de problemas intestinais. Desde então, Gilson tenta recuperar sua imagem perante a sociedade.
Em entrevista ao Jornal Exemplo®, na manhã de terça-feira (11), bastante emocionado e com sede de ‘dar a volta por cima’, Gilson, de 54 anos, relatou a discriminação que ainda sofre. “Fui preso inocentemente. Mesmo absolvido, continuo massacrado e carrego danos causados pela prisão”.
Segundo Gilson, foram várias as experiências negativas vividas durante o tempo em que permaneceu preso em Campinas e depois em Sorocaba. Além disso, conta todo o sofrimento causado à sua família, que nunca o abandonou. “Sofri muitas humilhações, ameaças de morte. Tentaram me abusar, tive que socar bandido para salvar minha vida na prisão. Eles diziam que iam me matar e jogar bola com a minha cabeça. Deus me deu forças para passar por tudo isso”.
Atualmente morando com os filhos mais velhos, Gilson se separou da mulher, mas tem contato diário com os mais novos, inclusive, com a vítima de toda essa história, E.E.B.P.P, hoje com 9 anos. “Minha relação com eles é muito boa, são meus tesouros. Meus filhos mais velhos testemunharam a meu favor. A E., atualmente está bem melhor, mas ainda requer cuidados com a saúde. Continuo cuidando da minha família”, diz ele, que trabalhou no Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), por muitos anos, e acabou prejudicado com o caso.

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