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Homem-aranha chega às telonas

Depois de atuar ao lado dos Vingadores, chegou a hora do pequeno Peter Parker voltar para casa

da redação

Peter Parker (Tom Holland) é um adolescente de 15 anos que é recrutado por Tony Stark (Robert Downey Jr) para ajudar o seu lado dos Vingadores e, de forma bem interessante, somos lembrados dos eventos de ‘Guerra Civil’ através do smartphone de Parker. Ele impressiona Stark, mas não o suficiente para ganhar entrada automática no grupo, muito para seu aborrecimento. Parker deve se conformar com um ‘estágio’ de Stark e recebe a missão de ajudar o bairro em pequenas ocasiões e é orientado a não se envolver em grandes confusões. Enquanto mora com sua tia May (Marisa Tomei) em Queens, à espera de uma ligação, sua vida na escola secundária é menos emocionante do que os divertidos passeios noturnos; Ele e seu melhor amigo Ned (Jacob Batalon) permanecem em grande parte impopulares, firmemente estabelecidos no lado ‘geek’ da cafeteria.
Parker está apaixonado pela popular Liz (Laura Harrier), sendo ridicularizado por Michelle (Zendaya), e sua conexão heróica com os Vingadores parece desaparecer rapidamente. Mas há uma trama nefasta em seu bairro que envolve contrabando de armas ‘alienígenas’, capitaneado pelo impiedoso vilão Abutre (Michael Keaton), que vem modificando a tecnologia recuperada das batalhas dos Vingadores e vendendo armas no mercado negro. A sorte de Parker está prestes a mudar, mas primeiro ele precisa descobrir como se tornar o herói que ele pensa que já é.
Um dos principais problemas que afligem o universo cinematográfico da Marvel é a crescente necessidade de interligar cada nova parcela com suas contrapartes, ao mesmo tempo em que apresenta a próxima. Foi o que fez com que ‘Guerra Civil’ causasse dor de cabeça: a ideia de que quanto mais heróis são inclusos, mais os espectadores irão gostar. Essa expansão cansativa significou que cada nova adição se sentiu menos como um filme do que um produto imperfeito, com o único propósito de aumentar a promessa de mais por vir, com datas de lançamento já confirmadas.
A alegria renovadora de ‘Homem-Aranha: De Volta ao Lar’ é que nos faz sentir que é um longa relativamente autônomo. Claro, existe muita ligação com os Vingadores, mas um roteiro bem elaborado que constrói as pontes com cuidado e narrativa, em vez do comercialismo frio, é aparentemente a principal preocupação do filme. Não podemos deixar de citar Stark. Se alguém tinha medo de que ele roubasse a cena, esse temor desaparece em poucos minutos, quando percebemos que a atuação contida do astro apenas beneficia o resto do elenco. O pretexto dos longas de Os Vingadores anteriores funciona como uma trama inteligente para o Abutre de Keaton, que sofre com o excesso dos heróis que o deixam sem oportunidades de lucro.
A Marvel tem um problema de longa data com seus vilões, cada um menos atraente do que o último, mas o tratamento do filme com Abutre é uma sacada genial. Os roteiristas foram bem em mostrar o personagem utilizando as sucatas de batalhas dos longas anteriores, conseguindo revitalizar o vilão dos quadrinhos. Sua motivação é genuína, seu intelecto, inquestionável e oferece um vilão à altura do que o filme proporciona nesse primeiro momento com esse Peter ainda aprendendo o que é ser um adolescente com tanto poder. A ideia mais inteligente de ‘Guerra Civil’ foi examinar o efeito prejudicial que os Vingadores tiveram no mundo ao seu redor, e esse tema está bem construído aqui, a guerra de classes servindo como subtexto sutil aos conflitos mais literais do longa. Mas esse é um elemento obscuro para um filme de certa forma leve, rápido e divertido.

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