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Hatches médios estão em crise

AE/Rafaela Borges

Os hatches médios já foram os carros mais desejados do país. O segmento, no entanto, está em queda acentuada – tanto em vendas quanto em número de modelos disponíveis. De acordo com executivos da indústria automobilística nacional, a principal razão desse fenômeno é a proliferação dos utilitários-esportivos compactos, que viraram os ‘queridinhos’ do consumidor brasileiro.
Desde 2015 chegaram Honda HR-V, Jeep Renegade, Peugeot 2008, Nissan Kicks e Hyundai Creta. Dos hatches médios, por outro lado, foram embora Citroën C4, Fiat Bravo e Hyundai i30, que ainda está no site da marca, mas nem aparece na lista de emplacamentos divulgada pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
“Muitos dizem que os sedãs perderam com o crescimento dos pequenos utilitários, mas é notável que os hatches médios sofreram muito mais”, disse o diretor de uma grande montadora. Os números comprovam a análise: em 2016, foram vendidos 25.150 hatches médios no País. A queda ante 2015 foi de 53,3%.
No caso dos sedãs médios, as vendas em 2016 totalizaram 142.143 exemplares. Em relação ao ano anterior, a queda foi de 23% – inferior à do mercado geral, de cerca de 20%.
A alta de preços também prejudicou os hatches médios. Esses carros, que em geral eram mais acessíveis que as versões sedãs, agora têm preços próximos ou iguais. O Chevrolet Cruze Sport6, por exemplo, parte de R$ 91.790, mesmo preço da configuração de três volumes.

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