Evento de automóveis realizado na alemanha exibe mudanças profundas na mobilidade
AE/Equipe AE
Mercedes Project One e Ferrari Portofino são ‘heróis da resistência’. Em um novo mundo automotivo que tem quatro palavras de ordem – eletrificação, automação, conectividade e compartilhamento – esses superesportivos provam que a paixão pelo carro sobrevive. Os dois foram os que mais atraíram a atenção no primeiro dia de prévia para a imprensa no Salão de Frankfurt (Alemanha).
Apesar disso, há uma mensagem clara: o carro como símbolo de individualidade está com os dias contados. As premissas que vêm sendo abordadas pelas montadoras já são realidade e estão expostas na feira – vários conceitos mostram que o carro do futuro está pronto.
O Smart Vision EQ é um dos principais exemplos dessa nova era. O protótipo é elétrico, autônomo e tem diversas soluções de conectividade.
Além disso, foi pensado para ser compartilhado. A Smart informa que até 2020 todos os seus veículos serão eletrificados. Inicialmente, isso ocorrerá na Europa e nos Estados Unidos.
A Mercedes-Benz confirmou o lançamento de sua marca de elétricos, a EQ. O primeiro carro dessa bandeira será o EQC, previsto para 2018.
Além de ser um representante da nova marca, o EQA, exposto em Frankfurt, antecipa como será a próxima geração de modelos de entrada como Classe A, GLA e CLA, entre outros.
A BMW também investe forte na eletrificação com um protótipo do Mini e o i3 renovado. Além da reestilização, o hatch ganhou recurso que procura vagas para estacionar e uma nova versão, a S. Sua venda no Brasil depende do novo regime automotivo, o Rota 2030.
O protótipo i Vision Dynamics, por sua vez, antecipa como será o sedã elétrico que a BMW irá lançar em 2025.
Do Grupo Volkswagen, a marca que mais aposta nos autônomos é a Audi. Em nova geração, o A8 é o primeiro com sistema de nível 3 do mundo.
Já o Elaine é uma evolução do RS7 Piloted Driving, que surgiu percorrendo, sem motorista, traçados de autódromos famosos. O novo protótipo tem sistema autônomo de nível 4.
Segundo informações da Audi, o carro pode rodar sem motorista em alguns locais. Em estacionamentos, por exemplo, ele pode procurar uma vaga e estacionar sozinho.
O conceito Aicon, por sua vez, é autônomo de nível 5. Isso significa que o carro dispensa completamente o motorista. Não há volante nem pedais.
A Volkswagen mostrou o I.D. Crozz, nova versão do elétrico I.D., em forma de crossover.
superesportivo
Não há dúvida: o Project One é a estrela da festa alemã. A apresentação do protótipo que dará origem ao primeiro hipercarro da Mercedes-Benz teve direito à presença do tricampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton por dois dias consecutivos. Em suas redes sociais, o piloto se derreteu em elogios para o carro.
A área do estande onde o carro fica exposto está sempre repleta de pessoas que tentam fotografar todos os ângulos, ou que, boquiabertas, simplesmente observam suas formas.
Ainda sem data confirmada para chegar às lojas, o Project One é esperado para 2018. Com tecnologias trazidas da Fórmula 1, o carro terá produção limitada a apenas 275 unidades – e há, segundo a marca, brasileiros interessados.
O hipercarro combina motor 1.6 turbo a gasolina com quatro elétricos que geram, no total, mais de 1000 cv. Com esse conjunto o modelo pode acelerar de 0 a 200 km/h em cerca de seis segundos e alcançar velocidade máxima de 350 km/h.
O preço não foi revelado, mas, segundo rumores, o Project One deverá custar 3 milhões de Euros (mais de R$ 11 milhões).
Se não fosse ele, a Portofino certamente dominaria os holofotes do salão. Afinal, ‘Ferrari é Ferrari e ponto’.
O novo modelo de entrada da marca italiana tem motor V8 de 600 cv de potência. Conversível, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos.
O luxo também marca presença na feira alemã. Estreia mundial da Lexus, o sedã LS500 será vendido também no mercado brasileiro a partir do ano que vem. Já o NX reestilizado chegará ao país ainda neste ano.
Dos Mercedes expostos em Frankfurt, as versões cupê e conversível do novo Classe S chegarão ao Brasil em 2018.
Da Bentley, o Continental GT é a maior estrela. O modelo dá um grande salto em relação ao seu antecessor no visual e na tecnologia embarcada.
As linhas estão mais fluidas e musculosas e há um parrudo motor 6.0 W12 biturbo que gera 635 cv e 91,8 mkgf. O câmbio é automático de oito marchas. Graças à arquitetura elétrica de 48 volts, o sedã esbanja soluções eletrônicas.
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