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Ford Fusion Hybrid e Jeep Compass

Com preços parecidos, automóveis são boas opções para poupar na hora do abastecimento

AE/AE

Lançada recentemente, a segunda geração do Compass chega para concorrer diretamente com o Hyundai ix35. Sua versão a diesel, no entanto, não tem rivais diretos. Mais caro que outros utilitários de mesmo porte, o Jeep é também muito mais econômico. Em medição feita pelo Jornal do Carro, em uso misto cidade-estrada, o Compass registrou média de 14 km/l no computador de bordo, ou seja, a cada mil km, o custo é de cerca de R$ 207.
Esse valor é próximo ao que o dono de um Fusion Hybrid gastará para cumprir a mesma tarefa. Em condições iguais, o Ford, que foi renovado na linha 2017, fez média de 17 km/h. Como seu 2.0 é a gasolina, são R$ 203 para rodar mil quilômetros.
Modelos com sistemas de propulsão que fogem à regra dos mais comprados pelos brasileiros – que são flexíveis ou a gasolina -, Compass e Fusion Hybrid têm faixa de preço semelhante. Por essas razões, fazem aqui um comparativo incomum. O objetivo não foi apontar um vencedor, mas sim mostrar qual é mais adequado a cada tipo de necessidade.
Começando pelo preço, o Compass, que participa da reportagem na versão Trailhawk (a das fotos é a Longitude), sai na frente, pois parte de R$ 149.990. A tabela do Fusion começa nos R$ 159.500, mas o Ford compensa esses quase R$ 10 mil de diferença em equipamentos. Para ter tudo o que o mexicano traz, o modelo feito pela Jeep em Goiana (PE) é tabelado a R$ 172.190.
O sedã tem entre-eixos maior que o do utilitário, o que se traduz em mais espaço para os passageiros. Nos dois, um quinto ocupante viaja com conforto no meio do banco de trás.
O porta-malas do Jeep é maior, apesar de a capacidade nominal ser semelhante à do Ford, que é prejudicado pelas baterias que compõe seu conjunto híbrido. No utilitário, é mais fácil acomodar bagagens, principalmente com o banco traseiro reclinado – caso seja preciso levar mais malas, por exemplo. Como trata-se de um sedã, o Ford tem compartimento baixo e entrada estreita.
A aparência da cabine do Fusion é mais requintada, mas no Compass nota-se maior cuidado no encaixe das peças do acabamento interno.
Rodando. O motor a combustão do Fusion é um quatro-cilindros a gasolina com 143 cv. Graças ao propulsor elétrico, que funciona sozinho em baixas velocidades e auxiliando o 2.0 em outras situações, a potência combinada é de 190 cv. São 20 cv a mais que o Compass – e o Jeep é mais pesado que o sedã.
Na hora de acelerar ou retomar velocidade, os dois são ágeis. Além de o motor do Jeep ser turbodiesel, com bom torque em baixa rotação, há o rápido câmbio automático de nove marchas. O do Fusion, CVT, de relações infinitas, privilegia a economia e o conforto, mas não a agilidade. O sedã só não é pior que o jipe graças ao propulsor elétrico.
Os controles eletrônicos e a tração 4×4 dão boa estabilidade ao Compass, mas, em alta velocidade, o Jeep é molenga; a direção poderia ser melhor. A do Ford é direta e deixa o sedã gostoso de guiar.

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