Fat Bob muda para melhor

A palavra modernidade andou meio esquecida pela Harley-Davidson ao longo dos últimos 30 anos, mas agora a marca norte-americana resolveu tirá-la da gaveta. Prova disso é a nova linha Softail, que chega ao Brasil no primeiro trimestre de 2018 e é fruto do maior projeto de pesquisa e desenvolvimento da história da empresa.
Avaliamos a Fat Bob, que tem como meta atrair um público mais jovem para a marca. Com visual impactante, a moto é robusta, moderna e tem no farol de LED (que lembra o rosto do robô Bender, do desenho’Futurama’) e nas duas saídas de escape graúdas os seus pontos mais fortes.
O motor V2 é o M-E 107, que tem 1.745 cm3, mas há também o M-E 114, de 1.868 cm3. Avaliamos o modelo equipado com a primeira opção.
Com os ótimos 14,8 mkgf de torque disponíveis às 3 mil rpm, a Fat Bob é rápida. Basta girar o manete da direita para essa Harley seguir com agilidade pelo asfalto e alcançar os 100 km/h em um piscar de olhos.
A embreagem também está um pouco menos dura, o que facilitou a tarefa de passar as seis marchas, embora raramente seja preciso ir além da quarta. Apesar de ser rápida desde a ‘encarnação’ passada, faltava um pouco de equilíbrio à moto, para que o piloto pudesse aproveitar toda a força disponível. Não falta mais.
A Harley mudou a suspensão e o chassi da Fat Bob para deixá-la melhor de curva. Houve alterações no material (aço carbono) e desenho do chassi, que está 65% mais rígido. Como ficou 15% mais leve, contribuiu para a redução total de 15 kg do peso da moto.
A suspensão dianteira de garfos invertidos junta-se ao novo monoamortecimento com ajuste de pré-carga atrás. Isso deixou a Fat Bob com pegada mais esportiva ao atacar as curvas. Além disso, o sistema filtra bem o impacto com o solo.
O pneu dianteiro de 150 mm deixou a moto um pouco ‘pesada’ em curvas fechadas, nas quais é preciso trazer o conjunto no braço. Mas é só questão de pegar o jeito que isso deixa de incomodar em movimento. Já nas manobras com a Harley parada é recomendável passar na academia e malhar antes.
O assento é confortável e a inclinação da moto não cansa muito em viagens médias. O painel é minimalista. Além de indicador da marcha engatada, traz velocímetro e hodômetro digitais. O conta-giros, por sua vez, é analógico.

 

Texto: AE /Diego Ortiz – Foto Divulgação

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