Famílias lutam contra o descaso da Prefeitura

Denúncia: Prefeito demonstra incapacidade de gestão em momentos de crise

Após a equivocada política do “fique em casa” adotada pelo Prefeito Gaspar, a incapacidade de gerenciamento de crise fica novamente evidente frente ao recente caos na merenda escolar, na fila para simples exames de sangue na rede municipal de saúde e, agora, com a falta de diálogo com a sociedade civil sobre a implementação de uma política municipal voltada às pessoas com autismo.

Direitos
Apesar de terem seus direitos assegurados pela Lei nº 12.764/2014, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, a cidade de Indaiatuba não tem escola de educação especial. O chamado Espaço Avançar se trata apenas de uma EMEB (Escola Municipal de Ensino Básico) que em sua inauguração atendeu adultos mas, no segundo semestre de 2018, todos foram “dispensados” e a consequente paralização dos atendimentos pedagógicos.

O Espaço Avançar não tem CNPJ e não tem profissionais qualificados em autismo, segundo uma das mães que após a falta de diálogo com o Prefeito Municipal, está buscando apoio junto a OAB local para denunciar os fatos ao Ministério Público.

Problemas
A elaboração de um projeto para criação de um centro de referência, campanhas de conscientização da sociedade, realização de um censo municipal de autistas e emissão de carteiras de identificação são algumas das reivindicações.

A falta de diálogo com a sociedade civil sobre a implementação de uma política municipal voltada às pessoas com autismo, somadas ao verdadeiro caos que a população vem enfrentando na rede municipal de saúde – na qual uma simples coleta de material para exame laboratorial precisa ser aguardada por 45 dias -, mais as preocupantes denúncias nas redes sociais sobre a qualidade da merenda fornecida aos alunos estão deixando claro que Indaiatuba vem sofrendo sérios problemas de Governabilidade.

Alerta
Muitas mães pedem fim da romantização do transtorno: ‘Não dá para mostrar só o lado bonito’.

Elas defendem que é importante falar não só dos casos de sucesso acadêmico, mas também de crianças e jovens que, por causa do transtorno, não falam e não escrevem. ‘Uma face desse transtorno é muito dura, machuca. E precisa ser conhecida’, afirma uma das mães ouvidas pela reportagem do Portal G1.

É senso comum que uma Política Municipal para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista no mínimo passe pela criação de um cadastro municipal dessas pessoas para formulação de políticas públicas e acompanhamento, atendimento multidisciplinar, inclusive para familiares e até programas de inclusão no mercado de trabalho.

Foto: Divulgação

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