Photo Credit To Divulgação

Dengue quadriplica em Campinas

Os novos casos ligam o sinal de alerta, mas por enquanto os números estão sob controle

A incidência de casos de dengue em Campinas (SP) quadruplicou em um intervalo de menos de um mês, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde nesta última semana. O índice de infecções a cada 100 mil habitantes saiu de 11, em 14 de março, para 44, na última atualização.

Apesar do aumento na incidência, o epidemiologista André Ribas Freitas entende que os números estão sob controle. Segundo ele, a situação se assemelha à de anos anteriores, quando comparados os mesmos meses.

“A dengue é sazonal. Nesta época do ano, é bastante comum haver esse aumento no número de casos. Como a gente parte de uma base pequena no mês de fevereiro, a gente está vendo agora esse aumento em março. Acho que não é uma situação de grande preocupação, acho que é uma questão do período mesmo”, diz.

Na análise, o especialista explicou que o pico da dengue deve acontecer em abril, mas descartou a possibilidade de uma epidemia neste ano em Campinas.

Por outro lado, ele mostrou preocupação com o início de 2023, quando acredita que haverá maior circulação de pessoas devido ao recuo da pandemia de Covid-19 – em 2022, parte do período foi marcado por restrições com o avanço da variante ômicron do coronavírus.

“Com o fim da pandemia, a circulação voltando a aumentar, traz um desafio maior. […] Segundo, faz muito tempo que a gente teve uma epidemia. Quando a gente fica muito tempo sem ter uma epidemia, algumas coisas acontecem.

Primeiro que as pessoas começam a não levar tanto em consideração a preocupação com a transmissão. Segundo, você vai acumulando dentro da população grande parte das pessoas sem anticorpos.”

“Deve piorar em abril, mas, como a ocorrência de maior número de casos foi relativamente tardia, não dá tempo de haver uma epidemia. Agora, o ano que vem vai ser um grande desafio.”

Sintomas
A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, que resultam em desidratação. Ao apresentar estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.

Prevenção

  • Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas . – Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol.
  • Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos
  • Tampe os tonéis e caixas d’água.
  • Mantenha as calhas limpas.
  • Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo.
  • Mantenha lixeiras bem tampadas.
  • Deixe ralos limpos e com aplicação de tela.
  • Limpe ou preencha pratos de vasos de plantas com areia.
  • Limpe os potes de água para animais.
  • Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa.
  • Evite o acúmulo de água em pneus e calhas

Notícias Semelhantes