Demos uma volta no novo Audi A8

Sedã de luxo deve chegar ao País no 2º semestre de 2018 em versão com carroceria longa

A quarta geração do A8, que chega ao Brasil no segundo semestre do ano que vem, é o primeiro carro autônomo de nível 3 do mundo. Isso significa que o Audi pode tomar algumas decisões de condução sem interferência do motorista. O problema é que, por ora, nenhum país permite o uso desse tipo de tecnologia. Por isso, enquanto a legislação não se adapta ao futuro, o sedã compensa o percalço fazendo todas as vontades de seus ocupantes.
O A8 é uma espécie de sala de estar de luxo sobre rodas. Avaliamos a versão de carroceria longa (A8 L) com motor 4.0 V8 turbo, de 460 cv. O sedã é identificado pela sigla A8 L 60 TFSI, especificação escolhida para ser vendida no Brasil. A tração integral quattro é de série.

A quarta geração do A8 é o primeiro carro autônomo de nível 3 do mundo

‘MEIO’ HÍBRIDO
O novo A8 é chamado pela Audi de ‘mild hybrid’, uma espécie de ‘meio híbrido’, em tradução livre. O carro é capaz de se mover apenas com o motor elétrico até a 40 km/h, sem produzir ruídos, graças a um sistema de 48 volts, dotado de alternador refrigerado a água.
Entre as funções, o sistema ajuda a mover o carro de pouco mais de duas toneladas em velocidades de 55 a 160 km/h, quando o motorista não está acelerando (ou seja, em velocidade de cruzeiro). Fora dessas condições, a propulsão é feita pelo motor a combustão. O dispositivo também faz o sistema start&stop atuar de modo quase imperceptível, porque utiliza correia tocada pelo alternador, em vez de motor de partida convencional.

SEMIAUTÔNOMO
Enquanto não pode rodar sozinho, o A8 oferece o sistema traffic jam, que permite acompanhar o fluxo do trânsito urbano a até 60 km/h. Na estrada, o sedã de luxo é capaz de se manter na faixa mesmo em curvas, sem que o motorista tenha de segurar o volante.
Para atender as leis que exigem que haja alguém no comando, após algum tempo (cerca de 30 segundos), aparece um aviso no painel para que o motorista assuma o volante.
Caso isso não seja feito, o carro emite um sinal sonoro, seguido de frenagem automática e de um apertão no cinto de segurança. Essa é uma espécie de advertência nada sutil para qualquer condutor.
O sedã também é capaz de estacionar sozinho – o motorista pode ficar do lado de fora. É possível realizar a manobra por meio de um aplicativo para smartphone. O sistema não é novo e está no Mercedes-Benz Classe E, por exemplo.

GENEROSIDADE
O maior e mais luxuoso sedã da Audi agrada tanto quem está ao volante quanto os passageiros de trás. Ali, os bancos são individuais e oferecem todas as regalias de quem está na frente. Há regulagens elétricas de inclinação do encosto e distância do assento, massagem e ajuste de apoio lombar.
A iluminação de LED pode ser regulada em direção e intensidade, por meio de um comando na tela entre os bancos. O acesso à traseira é facilitado pelas grandes portas.
Na frente, há três telas digitais: uma atrás do volante e duas no centro do painel, que concentram os ajustes de todos os sistemas (som, climatização e GPS etc).

EM MOVIMENTO
O rodar do A8 é silencioso e macio. A 180 km/h, o sedã parece estar a 120 km/h. Imperfeições do solo são amenizadas pelas suspensão ativa, que detecta irregularidades à frente, como lombadas e buracos, graças à câmera frontal. Nesse caso, a suspensão sobe para amenizar o solavanco.
A carroceria é capaz de levantar 8 cm de um lado só se detectar iminência de impacto lateral. Ficando mais alta, o choque tende a atingir a parte inferior (e mais resistente) do veículo, protegendo os ocupantes.
O sistema de iluminação do A8 combina faróis de LED e laser com a tecnologia batizada de matrix. Além do ganho em distância de alcance do facho, os blocos de iluminação têm acendimento e apagamento individual, para não ofuscar quem vem no sentido oposto.

AUTÔNOMO
Teoricamente, O A8 está apto a dirigir (fazer curvas, frear, acelerar, ultrapassar etc) sem que o motorista precise ficar o tempo todo prestando atenção em seus movimentos.
Porém, para que o sedã possa receber o programa de inteligência artificial (que possibilita que ele tome suas próprias decisões de direção), a Audi terá de esperar pela mudança na legislação de cada país. Por isso, os modelos à disposição para avaliação não estavam equipados com a tecnologia.

 

ENTENDA OS NÍVEIS
• NÍVEL 1: envolve sistemas como o controlador de velocidade, capaz de manter o veículo rodando conforme o limite escolhido pelo motorista.
• NÍVEL 2: é o que está nos carros atuais. O veículo é capaz de frear e acelerar sozinho e, em algumas situações, pode até fazer curvas.
• NÍVEL 3: o veículo é capaz de tomar ‘decisões’ em algumas situações, por meio de sua inteligência artificial.
• NÍVEL 4: não requer interferência humana, mas ainda pode ser guiado pelo motorista.
• NÍVEL 5: o carro é completamente autônomo. Não terá, por exemplo, pedais e volante. É o nível máximo da automação automotiva.

 

 

Foto Divulgação • Por Hairton Ponciano/AE

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