De olho no retoque da pintura

AE/Igor Macário

Que atire a primeira pedra quem nunca deu uma ‘raladinha’ no carro em um estacionamento apertado, por exemplo. A cena comum em grandes cidades leva à necessidade de reparos na pintura, que pedem alguns cuidados na hora de serem feitos, já que nem todas as peças valem a pena ser reparadas.
Segundo o proprietário de uma loja especializada em pintura e funilaria, Alexandre de Barros, só os para-choques podem ser reparados com sucesso, sem que a peça fique manchada ou marcada.
Em partes da lataria, o processo de repintura é mais complexo e um reparo pode ficar pior do que o dano inicial – por isso, não é indicado pelos especialistas. O melhor é repintar a peça inteira ou trocá-la.
Isso ocorre porque a pintura de um carro já usado costuma envelhecer e apresentar diferenças quando uma tinta nova é aplicada. Isso dificulta bastante a equiparação de uma parte consertada com o restante do veículo.
O processo de acertar a cor é mais fácil quando se pinta a peça inteira, mesmo que a parte afetada seja pequena. Ainda assim, diferenças de tonalidade podem ocorrer.
Barros também alerta para o reparo de amassados em peças estruturais do carro. “Partes que possuem travessas devem ser trocadas por motivos de segurança”, explica. O veículo pode perder rigidez estrutural. Por isso, o recomendável é a troca de todo o componente.

REVENDA
O proprietário de outra oficina, Bruno Tinoco, confirma as questões de segurança e aponta seu reflexo no valor de revenda do carro. “Mais importante que o reparo é a qualidade dele.”
Se o conserto usar massa em excesso ou a cor não for correspondente com o restante da carroceria, será facilmente detectado em uma inspeção e poderá diminuir o valor de mercado do carro no caso de revenda.

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