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De Audi R8 Spyder a 287 KM/H

Cortamos Alemanha, Áustria e Itália com o novo conversível da Audi que virá ao Brasil em 2018

AE/Diego Ortiz

O convite da Audi era simples e direto: dirigir o R8 Spyder V10 na Alemanha e suas autobahnen sem limite de velocidade, saindo de Munique, partindo para os Alpes austríacos, repletos de curvas, e terminando na Itália e seus belos lagos, tudo isso em pleno verão. Ali havia a oportunidade de dirigir um superesportivo, que chega ao Brasil no primeiro trimestre de 2018. Um banquete que não tinha como ser recusado.
A máquina posta à prova tem motor de dez cilindros em ‘V’ de 540 cv e 55,1 mkgf. É força e potência para dar, vender e emprestar. Ainda assim, é um pouco ‘menos forte’ que a versão Plus, que virá ao Brasil em 2018 – essa tem 610 cv e passará fácil de R$ 1,2 milhão. Como um V10 é sempre um V10, o ‘mais fraco’ também é uma usina de força capaz de acelerar o Audi de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos.
Para chegar a 200 km/h, o conversível precisa de 11,8 segundos e, mesmo assim, sobra força. Aos 287 km/h, máxima alcançada durante a avaliação, em estradas alemãs, o R8 ainda mostrava disposição, talvez tentando ir aos 318 km/h divulgados pela fabricante.
A 120 km/h o motor permanece a 2 mil giros, como se nada estivesse acontecendo, e basta pisar um pouco mais para o ótimo câmbio automatizado de duas embreagens e sete marchas (com opção de trocas manuais atrás do volante) entregar a força do V10 como um coice, a ponto de a nuca bater no apoio traseiro do banco.
Mas e se houver trânsito e o motorista tiver de maneirar o ímpeto? Basta selecionar o modo Comfort (há ainda as opções Auto, Dynamic e Individual) para que o conversível rode a 30 km/h como se fosse um carro ‘normal’, ainda que tenha bancos do tipo concha e todo mundo, sem exceção, fique olhando sua passagem.
Aliás, por falar em chamar a atenção, abaixo do botão de partida no volante há outro capaz de liberar mais som do sistema de escapamento. É o que basta para o motorista se sentir como um pop star mesmo na Itália.
Arisco. Além de motor traseiro, o R8 Spyder tem tração 4×4 e os providenciais controles de tração e estabilidade. Mas mesmo com todo esse aparato, o Audi não é fácil de domar. A clara tendência a sair de traseira, potencializada pelos novos ajustes da tração Quattro, faz dele um dos carros mais divertidos de guiar para quem conhece esse comportamento.
O R8 não chega a assustar, mas, ao ser provocado, mostra por que superesportivos não podem ser o primeiro carro da vida de alguém, nem o segundo.

leve
Construído na fábrica alemã de Heilbronn, o R8 Spyder tem estrutura feita de alumínio e algumas partes de fibra de carbono. Por isso, mesmo na configuração conversível, é rígido e sua carroceria praticamente não torce em curvas.
E, como o carro vem com rodas de 20 polegadas calçadas em pneus 245/30 na dianteira e 305/30 na traseira, a estabilidade é digna de elogios, graças também à direção tão direta que chega quase a ser ‘seca’. Outra ótima solução que permite manter a tração sempre presente é o sistema de bloqueio do diferencial traseiro, que atua de modo a garantir mais aderência à roda deficitária e segurando o deslocamento do motor na inércia.

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