Corinthians vence e é heptacampeão

Com a vitória na quarta-feira (15), o time tornou-se o maior campeão brasileiro do século

Por AE • Foto Alex Silva/ AE

O Corinthians tornou-se na quarta-feira (15) o maior campeão brasileiro do século. Com a vitória por 3 a 1 diante do Fluminense, no estádio Itaquerão, em São Paulo, a equipe faturou o seu sétimo título nacional. Ninguém ganhou mais taças do Brasileirão do que o clube do Parque São Jorge desde 2001. No período, foram quatro conquistas (2005, 2011, 2015 e 2017). O Corinthians também passa a ser o maior campeão da Era dos pontos corridos do Nacional, deixando para trás São Paulo e Cruzeiro, com três títulos cada.
A conquista desta quarta-feira marca a década mais vitoriosa da centenária história do time alvinegro. A partir de 2007, quando foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Corinthians faturou nada menos do que 10 títulos: Copa do Brasil (2009), Brasileirão (2011, 2015 e 2017), Paulistão (2009, 2013 e 2017), Copa Libertadores (2012), Mundial de Clubes da Fifa (2013) e Recopa Sul-Americana (2013).
O Corinthians, que começou a temporada desacreditado, chamado pejorativamente de quarta força do Estado, termina o ano com dois títulos (conquistou o Paulistão em maio) e como o melhor time do Brasil. A vitória desta quarta-feira, suada e sofrida, como a maior parte dos triunfos da equipe ao longo do ano, coroa uma campanha incontestável. O Corinthians assumiu a liderança do campeonato na quinta rodada e desde então não foi mais alcançado.
Se falta talento ao elenco, o Corinthians se destacou pela aplicação tática e espírito de luta. Como a Fiel tanto gosta. Nesta quarta-feira, por exemplo, a equipe conseguiu a sua primeira virada no campeonato e não mostrou desespero durante o tempo em que ficou atrás no placar. O herói da conquista foi Jô que, ao marcar dois gols, não apenas garantiu a vitória como também se isolou na artilharia do campeonato com 18 gols.
O Fluminense até que tentou jogar um balde de água fria na empolgação da torcida corintiana logo no primeiro minuto de jogo, quando Henrique abriu o placar após cobrança de escanteio de Marcos Júnior. Mas aí veio o segundo tempo e a história do jogo mudou completamente. Com três minutos, o Corinthians já vencia por 2 a 1. O técnico Fábio Carille substituiu o inoperante por Jadson, mas coube à dupla Jô e Clayson comandar a virada.
Aos 50 segundos, Clayson colocou a bola na cabeça de Jô, que só escorou para o fundo da rede. Nem deu tempo de o Fluminense se recuperar do gol e, dois minutos, veio o segundo gol. Clayson tentou o cruzamento, a bola bateu no travessão e, no rebote, Jô marcou mais um de cabeça.
A virada logo no início do segundo tempo garantiu alívio aos jogadores. Nas arquibancadas, euforia. A Fiel explodiu de emoção com o gol. Seguro, o Corinthians não correu riscos e soube suportar a pressão do Fluminense. Já perto do fim do jogo, aos 37 minutos, Jadson acertou a trave. Dois minutos depois, o meia calibrou o pé e fez o gol que sacramentou a vitória alvinegra.
Agora, o Corinthians iniciará um novo ciclo em 2018. Heptacampeão brasileiro, partirá em busca da Copa Libertadores.

Campanha
Poucas vezes um campeão brasileiro teve uma campanha com altos e baixos tão extremos como o Corinthians. Do primeiro turno imbatível, passando pela inexplicável derrocada na segunda metade da competição, até o reerguimento nas rodadas finais, o time do técnico Fábio Carille fez o torcedor experimentar as mais diversas sensações ao longo destes seis meses.
A primeira talvez tenha sido a dúvida. Apesar de entrar no Brasileirão como campeão paulista, o Corinthians era visto com certa insegurança pela torcida. E o empate na estreia com a Chapecoense, em casa, só reforçou este sentimento. Os triunfos na sequência sobre Vitória, Atlético Goianiense e Santos, no entanto, embalaram o time e trouxe ao corintiano a impressão de que a equipe era ‘imbatível’. Passou-se um turno inteiro e a primeira derrota não veio. Eram 47 pontos, 34 jogos de invencibilidade – entre todas as competições – e a sensação era de que o título estava quase garantido.
Só que ninguém esperava o que estava por vir. Se ainda não havia perdido, o Corinthians acumulou três derrotas nos primeiros quatro jogos do returno. O ataque não marcava, a defesa já não tinha a mesma eficácia e tudo parecia prestes a desmoronar.
A vantagem na ponta era mantida graças à incompetência dos rivais na briga, mas na 32.ª rodada não teria jeito. O Corinthians receberia o Palmeiras no estádio Itaquerão e deixaria a liderança perto das mãos do arquirrival se perdesse. Só que justamente quando a pressão parecia insuportável, a equipe respondeu, voltou a mostrar o futebol do primeiro turno e levou a melhor por 3 a 2.
Era o que o Corinthians precisava para voltar a abrir na liderança e dar tranquilidade a jogadores e torcida. Apareceram até os heróis improváveis. Os criticados Giovanni Augusto e Kazim escreveram os seus nomes na conquista com os gols que deram as vitórias sobre Atlético Paranaense e Avaí. Sem eles, o título não poderia ter sido comemorado na quarta-feira com o triunfo de virada sobre o Fluminense.

05 - Poster Corinthians

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