Atriz de ‘A Cabana’ visita o Brasil para entrevistas

Octavia interpreta Deus no longa-metragem de Stuart Hazeldine

AE/Luiz Carlos Merten

Octavia Spencer acha graça e ri. Desde que chegou ao Brasil, ela não fez outra coisa senão dar entrevistas.
Na coletiva de ‘A Cabana’, Octavia já se referira à locação no Canadá como prova da generosidade de Deus para os homens. A generosidade dela? Pois Octavia interpreta Deus no filme que Stuart Hazeldine adaptou do best-seller de William P. Young. Octavia havia feito uma observação engraçada – como boa cristã, ela gosta de começar seu dia conversando com Deus, pela manhã, pedindo-lhe para abençoar a jornada que está começando. Durante a feitura de ‘A Cabana’, ela sentia aquilo como uma coisa esquizofrênica, como se Papa, ou Papai, seu personagem, conversasse consigo mesmo.
‘A Cabana’ estreou ontem (6). Um lançamento grande da Paris Filmes – 600 salas, no mínimo. O livro vendeu como água, a distribuidora espera um ótimo faturamento. O filme é uma espécie de Nosso Lar de luxo, made in Hollywood. Conta a história de Mack/Sam Worthington, esse bom homem cuja filha é sequestrada (e morta) por um serial killer. Mack faz seu luto sem ter um corpo para enterrar. Desespera-se, e a família corre o risco de se desintegrar. E é nesse momento que Mack vive sua experiência visceral na cabana do título. Nesse recanto paradisíaco, verdadeiro Jardim do Éden, vivem Papa, seu filho Jesus e Sumire. A Santíssima Trindade, representada por uma mulher negra de seios fartos, um israelense de ascendência tunisiana e uma japonesa.
Na coletiva, Octavia disse que, embora não contracene com a atriz brasileira Alice Braga, sua cena favorita no filme é com ela. Alice faz a Sabedoria. Encontra-se com Mack, que julga o mundo ao redor. É fácil condenar os outros. O julgamento volta-se contra ele. “Acho a cena muito bonita. Ela resume um dos muitos significados do filme. Sua mensagem de amor. Julgar e condenar os outros é próprio de quem se sente superior e não reconhece as próprias limitações.” A cena pode ser aquela, mas Octavia gosta muito da representação da Santíssima Trindade. Mais tarde, quando adquire uma forma masculina, Deus é interpretado por Graham Greene, um ator nativo americano (índio), que adquiriu notoriedade em Dança com Lobos, de Kevin Costner.

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