Cidade do interior mas com trânsito da capital. Por muitas vezes, as ruas “entupidas” de carros em vários pontos importantes de Indaiatuba lembra o trânsito de São Paulo – uma das maiores cidades da América Latina com uma população estimada em mais de 12 milhões de habitantes e uma frota de veículos próxima dos 8 milhões de carros. Indaiatuba é bem menor. São cerca de 260 mil habitantes com, aproximadamente, 170 mil veículos circulando. Todavia, os dados do dia a dia são diferentes, em relação aos carros, porque rodam pela cidade veículos de outros municípios ou (e também) que não estão registrados na cidade. Os dados não são precisos, apenas sugerem uma grandeza. Com o censo 2022, o IBGE a partir da compilação dos dados fornecerá números mais precisos.
Causas
As razões para os problemas de tráfego na cidade, dos quais os indaiatubanos estão reclamando, são várias. Necessariamente, não se trata de uma falha somente que causa um engarrafamento e este acaba, pelo chamado “efeito cascata”, replicado em outras ruas. Mas, sim, de uma sequência de falhas ou vícios. Quais seriam essas falhas? Em princípio, a falta de educação de alguns motoristas que atrapalha a maioria. Mas, certamente e principalmente, a falta de planejamento dos órgãos responsáveis está entre as principais causas.
Fatos
Em Indaiatuba, algumas vias centrais de grande movimento não contam com semáforos, ruas estreitas têm duas mãos (ida e volta) dificultando a circulação e o estacionamento, ruas têm a mesma mão de direção em paralelo e uma conversão ou retorno aumenta o fluxo de veículos na região central.
Exemplos
Um dos exemplos é a obra que foi feita para criação de retorno no cruzamento das avenidas Fábio Ferraz Bicudo e Fábio Roberto Barnabé. Os retornos em si ainda estão sub-utilizados. E as quatro faixas criadas ainda seguem o modelo de conversões anterior a obra. Mais: as mudanças acarretaram em um problema para aquele motorista que utiliza o retorno, para o sentido Prefeitura e quer entrar na rua Guilherme Siebert Magnusson. Os carros chegam a parar na pista (manobran de forma atabalhoada) e isso pode causar sérios acidentes.
Outro exemplo de má gestão do tráfego está no cruzamento da Av. Presidente Kennedy com a Rua Candelária. Os motoristas, incontáveis vezes, se arriscam no horário de pico fechando o cruzamento.
Em verdade, os especialistas de engenharia de tráfego terão (devem) uma explicação para cada colocação aqui. Mas até quando essas explanações serão válidas com o crescimento natural da cidade?
Novo “Elevado” no Parque Ecológico custará mais de 7,5 milhões de reais
O Departamento de Trânsito da Secretaria de Obras e Vias Públicas iniciou no final do último mês de setembro a obra do novo elevado que será construído na avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé – Marginal Esquerda.
Parte da via ficará interditada durante a obra, o que poderá causar lentidão no trânsito no trecho localizado na confluência com a rua Soldado João Carlos de Oliveira Júnior, altura do Jardim Tancredo Neves.
A orientação é para que a população busque rotas alternativas para evitar congestionamentos, principalmente nos horários de pico.
Custo
De acordo com a Prefeitura Municipal de Indaiatuba, o elevado completará o projeto de mobilidade urbana iniciado em 2018, quando foi entregue o elevado da Marginal Direita, dando mais fluidez ao trânsito nessa região da cidade.
O investimento é de mais de R$ 7,5 milhões, com recursos próprios, e o prazo contratual para a entrega da obra é maio de 2024.
Projeto
Conforme o projeto da Secretaria de Obras e Vias Públicas, a rampa inicial do elevado terá 97,40 metros, com vigas de concreto protendido de vão livre de 37,79 metros, rampa de saída de 91,25 metros e a largura da pista será de 11,10 metros, o que resultará em 4.307m2 de pavimentação asfáltica.
A obra também incluirá a execução de serviços de drenagem de águas pluviais, construção de 220
metros de guia se sarjetas e 681m2 de calçadas, além do recapeamento de 6.000m2 de via no entorno, sinalização vertical e instalação de nova iluminação.
