Os três sinais

Era cedo para o início da primeira aula da noite. Dudu, com livro aberto nas mãos, estudava apoiado ao parapeito do corredor do segundo andar. Um colega de classe, o Norberto, pisando de leve, aproximou-se por detrás dele e enlaçou-o com os braços ao balaústre, de tal maneira que o deixou quase imobilizado. Com esforço, Dudu virou a cabeça:
– Me solta, Norberto! Você bem sabe que não é permitido brincar aqui no corredor. O diretor pode aparecer e não vai gostar nada. Você sabe, ele é muito brabo…
– Que brabo o quê! Aposto que o coroa ainda nem saiu de casa.
De quando em quando, Norberto afrouxava os braços e em seguida os apertava com mais força, sem dar condições a Dudu de libertar-se. Este estrebuchava para safar-se e não conseguia. Tanto se esforçou e contorceu que o livro lhe escapou das mãos, esbarrou no estojo e juntos foram estourar lá embaixo, perto da sala do diretor.

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