Noite de Pescaria

Daquela pescaria, até hoje não me esqueci. Já se vão mais de 60 anos. Era eu um rapazola de 15 anos, não sabia nadar e era um crila na arte da pesca. Um sábado, fui convidado a pescar com alguns amigos de meu pai. Saímos de casa em um ‘fordeco’, com cestos atufados de comida, garrafas de cachaça de Minas e todos os apetrechos de pescaria. Chegamos à tardinha.
– Que bagunça! – exclamei, ao entrar no rancho.
Nunca tinha visto tamanho amontoado de trastes. Após retirar o entulho, conseguimos pôr os três cômodos em condições de ser habitado pelo menos por um ou dois dias, o quanto pretendíamos ficar. Juntamos aqui e ali alguma lenha. A custo, acendemos o fogão. Fazia um frio de queimar a pele. Era hábito da turma passar a noite pescando.
À beira do rio, distante cerca de cem metros do rancho, sem perda de tempo, cada qual tratou de escolher um poço, antes que escurecesse.

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