O jogador Pedro Severino, da equipe sub-20 do Bragantino, recebeu alta médica após 98 dias de tratamento, informou a equipe de Bragança Paulista nesta terça-feira (10). Segundo a nota, o atleta seguirá “processo de recuperação motora, neurológica e física em casa”.

O acidente
O atleta de 19 anos de idade e seu companheiro de equipe Pedro Castro ficaram feridos em um acidente de trânsito no dia 4 de março na Rodovia Anhanguera.
Segundo o Bragantino, os atletas estavam em um veículo que colidiu com uma carreta. Nenhum dos jogadores dirigia o veículo no momento do acidente. Pedro Castro teve apenas ferimentos leves.
Tratamento
Já Pedro Severino foi encaminhado inicialmente ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, onde passou por cirurgia por causa de um traumatismo craniano. O atleta permaneceu dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição e, no dia 6 de março, foi transferido para um hospital particular em Ribeirão Preto.
Nesta nova etapa do tratamento, Pedro permaneceu monitorado na UTI, passando por diversos exames e procedimentos cirúrgicos, incluindo a reconstrução da parte frontal do crânio, que foi considerada bem-sucedida.
“O Red Bull Bragantino agradece o carinho e a solidariedade de todos que, de alguma forma, estiveram ao lado de Pedro e sua família ao longo dos últimos meses. O clube seguirá acompanhando de perto sua evolução e reforça que permanece integralmente à disposição para oferecer todo o suporte necessário neste novo momento da recuperação”, diz a nota da equipe de Bragança Paulista.
Milagre
O Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, na cidade de Americana (SP), chegou a iniciar, na tarde do dia 4 de março, o protocolo de morte encefálica de Pedro Severino.
“Para que seja confirmada a morte encefálica, além do exame clínico, que deve ser realizado por dois médicos diferentes, com um intervalo mínimo de uma hora entre o primeiro e o segundo, o paciente deve ser submetido a um teste de apneia e a exames complementares”, informou, em nota, o hospital naquele dia.
No entanto, nas 24 horas seguintes, Pedro apresentou o reflexo de tosse, o que interrompeu o protocolo — um sinal claro de atividade no tronco cerebral e que indicava que ele não estava mortos.