Uma lição de tolerância

Uma notícia movimentou educadores e pais preocupados com a Educação Integral dos filhos: estava pronta para entrar em julgamento no STF a ação na qual a Procuradoria Geral da República pede a proibição de ensino confessional nas Escolas Públicas. Na avaliação dos que lidam com os jovens, como é meu caso, a discussão sobre esse tema deve ser ampla, abrangendo outros aspectos além da fria letra da lei.
É inegável que o ensino das religiões transmite valores não só espirituais, mas comportamentais, sempre importantes à evolução da sociedade rumo à prática de princípios civilizatórios, como a ética, solidariedade, o respeito ao outro, a recusa ao crime e à violência, entre outros. É importante destacar que, dada a laicidade do Estado brasileiro, a frequência a essa disciplina deve continuar facultativa. É fundamental que seu conteúdo não se limite à abordagem de determinada fé, mas se abra para outras crenças, de várias origens como as asiáticas, as africanas, as várias denominações do cristianismo etc. Em primeiro lugar, não é possível excluir o estudo das religiões de um currículo escolar, dada sua importância na história e na formação das civilizações. Pois a matéria pode estimular uma visão ampla entre as novas gerações e valer como um antídoto à intolerância com as diversidades – inclusive de fé – que vem gerando a onda de violência e desrespeito aos mais elementares direitos humanos em vários pontos do planeta.

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