Capotamento na BR-365, em Minas Gerais, tira a vida de morador de Indaiatuba

Genivaldo Durães, de 45 anos, residente em Indaiatuba, perdeu a vida na manhã da última quarta-feira (25) em um grave acidente na Rodovia Federal BR-365, na altura do município de Montes Claro (MG). Genivaldo seguia com mais dois amigos de Indaiatuba com destino a Salinas (também em Minas Gerais e, aproximadamente, a 218 quilômetros do local do acidente).
De acordo com os dois amigos, que estavam no veiculo, mas nada sofreram no acidente, Genivaldo teria perdido o controle da direção do carro e capotou. Ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Foto: Reprodução Internet

Surpresa
Genivaldo Durães tinha a intenção de fazer uma surpresa para sua mãe e familiares.
A Polícia Rodoviária Federal esteve no local, assim como a Perícia Científica.
As causas do acidente ainda estão em apuração. Uma das hipóteses é sono e cansaço do motorista.

Foto: Reprodução Instagram

Minas
Minas Gerais tem se destacado negativamente no cenário nacional ao registrar elevados números de mortes em acidentes de trânsito nas rodovias federais e estaduais entre 2014 e 2024. O estado lidera o ranking de vítimas fatais em rodovias federais, com mais de 31 mil mortes contabilizadas nesse período, o que representa uma média de nove óbitos por dia.
Em 2023, foram registrados 2.055 óbitos em cerca de 38.700 acidentes. Já em 2024, os números apontam para uma continuidade da tragédia: somente nos quatro primeiros meses do ano, ocorreram 94.118 acidentes, resultando em 616 mortes e mais de 26 mil feridos.

Pior
A região com maior letalidade inclui importantes corredores como as BR-116, BR-381 e BR-040, que juntas concentraram 60% das mortes em 2024.
O ano de 2024 foi marcado por uma das piores tragédias recentes na BR-116, em Teófilo Otoni, onde 39 pessoas perderam a vida após a colisão entre um ônibus e um caminhão. Este acidente evidenciou as condições precárias da infraestrutura viária do estado, que ainda conta com muitos trechos de pista simples e sinalização deficiente.

Falha humana
Além das condições das rodovias, fatores humanos são determinantes. Estudos indicam que 47% dos acidentes foram causados por desatenção ao volante, e a maioria das vítimas fatais são homens jovens, entre 20 e 29 anos. A combinação desses fatores faz com que Minas Gerais mantenha um dos índices mais altos de mortalidade no trânsito brasileiro.
Apesar de iniciativas para melhorar a segurança, como concessões e obras de duplicação em trechos críticos, o avanço ainda é lento. A BR-381, conhecida popularmente como “Rodovia da Morte”, por exemplo, só iniciou seu processo de concessão em 2024, com previsão de melhorias para os próximos anos.
Especialistas alertam para a urgência de políticas públicas integradas, que envolvam investimentos em infraestrutura, fiscalização rigorosa e campanhas de conscientização. Sem essas ações, o estado corre o risco de continuar liderando o triste ranking de mortes nas estradas do Brasil, perpetuando uma crise que afeta milhares de famílias e a segurança de todos os usuários das vias mineiras.

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