Mulheres vítimas de violência têm direito a transporte gratuito por aplicativo em SP

O Governo de São Paulo tem uma parceria com a empresa de mobilidade 99 para oferecer transporte gratuito a mulheres vítimas de violência. Desde que a parceria foi lançada, em janeiro, até julho deste ano, já foram feitas 205 viagens. É uma média de uma mulher beneficiada por dia. O convênio faz parte de uma rede de proteção do Governo de São Paulo destaque neste Agosto Lilás, mês do enfrentamento à violência contra mulher.
Com a iniciativa, mulheres vítimas de violência recebem deslocamento seguro e sem custos até uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Instituto Médico-Legal (IML) para realizar um exame de corpo de delito, ou até mesmo ao pronto-socorro.

Divulgação/Governo do Estado de SP

Voucher
O acesso ao serviço ocorre por meio de um voucher. Para obtê-lo, a mulher vítima de violência liga para o 190 e é atendida por uma policial mulher da Cabine Lilás, que oferece atendimento especializado.
Durante a conversa, é oferecida à vítima a possibilidade de se deslocar a um serviço físico de atendimento utilizando gratuitamente o app da 99. Em caso de uso, a Polícia Militar aciona o aplicativo por meio de um voucher.
Como são as policiais da Cabine Lilás que farão a solicitação do transporte, elas também poderão acompanhar a localização das mulheres em tempo real, estando de prontidão para qualquer intercorrência.
Além disso, a depender da situação, uma viatura da Polícia Militar também será deslocada para o acompanhamento da ocorrência para que as mulheres se sintam ainda mais amparadas.

Desafio
A violência contra a mulher segue como um dos maiores desafios de segurança pública no estado de São Paulo. No último ano, os registros de agressões físicas e psicológicas apresentaram crescimento em várias regiões, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Casos de feminicídio também chamaram a atenção, reforçando a gravidade do problema. Especialistas apontam que muitos episódios ainda não chegam às estatísticas oficiais, devido ao medo das vítimas em denunciar. O governo estadual afirma ter ampliado a rede de apoio, com delegacias especializadas e canais de denúncia. Movimentos sociais e organizações de defesa dos direitos das mulheres, porém, cobram maior eficiência no atendimento. Em diversos municípios, projetos de acolhimento oferecem suporte jurídico e psicológico às vítimas. Campanhas de conscientização também buscam estimular denúncias e romper o ciclo da violência. Apesar dos esforços, os índices continuam preocupantes. O tema permanece central no debate sobre segurança e políticas públicas em São Paulo.

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