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Um comparativo entre os queridinhos

Em duelo do sedã contra o utilitário-esportivo, veja qual é o melhor entre os ‘favoritos‘ do brasileiro

AE/Rafaela Borges

Jeep Compass e Toyota Corolla são os novos queridinhos do brasileiro. Longe de pertencerem a segmentos populares, os dois frequentemente aparecem na lista dos dez carros mais vendidos do país. Além disso, dominam os emplacamentos de seus respectivos segmentos, deixando pouco espaço para a concorrência. Embora pertençam a categorias diferentes, atraem o mesmo perfil de consumidor, que faz questão de conforto e, geralmente, precisa de espaço para a família. Mas qual deles é a melhor opção?
Reunimos as versões com os preços mais próximos. O Corolla comparece na opção de topo, Altis, a R$ 116.990. Para encará-lo, a linha Compass é representada pela Longitude, a intermediária entre as versões com motor 2.0 flexível. O preço inicial de R$ 112.490 já garante ao Jeep uma nota maior nesse quesito. Porém, para receber alguns itens que vêm de série no Toyota, a tabela do utilitário chega a R$ 119.035.
Essa é uma das razões para a vitória ao sedã médio, que triunfou nesse duelo também graças aos custos menores de manutenção e seguro, ao desempenho superior e ao menor consumo. Renovado no início do ano, o Corolla recebeu, finalmente, controles de estabilidade e tração, reforçando a oferta de itens de segurança
Não é só por isso que, em movimento, o Toyota é mais estável que o Jeep. O Corolla tem centro de gravidade mais baixo e respostas de direção mais diretas, que o deixam mais esperto em mudanças de trajetória. A carroceria do Compass balança mais em alta velocidade e o carro se mostra um pouco anestesiado nas respostas aos comandos da direção.
Ainda assim, os sistemas de comando eletrônicos e as suspensões independentes nas quatro rodas – no Corolla o conjunto traseiro tem eixo de torção – deixam o Compass estável (para um utilitário), além de bastante confortável. Quem está a bordo não sente tanto os impactos contra pisos ruins e buracos, por exemplo.
Apesar de ser mais baixo e ter sistema de suspensão inferior ao do rival, o Corolla não fica atrás no quesito conforto ao rodar. O bem-estar a bordo, aliás, é um dos pontos altos do sedã.
Na hora de acelerar, o Toyota é superior por ser mais leve e ter câmbio melhor. Trata-se de um automático CVT, mais voltado ao conforto que ao desempenho. Ainda assim, é eficiente e, se não faz do carro um exemplo de agilidade, ao menos o deixa melhor que o Jeep em acelerações e retomadas de velocidade. A transmissão do Corolla casou bem com o 2.0 flexível de até 153 cv.
O motor do Jeep, também 2.0, gera 166 cv e tem torque semelhante ao do Toyota. Porém, seu câmbio automático de seis marchas não tem a mesma eficiência da caixa do sedã.
O Compass não chega a ser lento, mas demora mais que o Corolla para ganhar velocidade. Nos dois a aceleração ocorre de forma bastante gradual.

Equipamentos
Em equipamentos, o Corolla tem nota igual à do Compass por trazer pacote mais amplo de itens de série. Porém, quando se consideram os opcionais, só o Jeep traz teto solar, vendido por R$ 6.800. Os dois carros saem de fábrica com ar-condicionado com duas zonas de temperatura, faróis de LED, controlador de velocidade e central multimídia com navegador GPS – apenas a do Toyota traz toca-DVDs e TV digital.
Além disso, apenas o sedã, que não tem opcionais, tem sete airbags – no Compass, as bolsas extras vêm em um pacote de R$ 3.045. Bancos de couro também são de série no Corolla e extras no Jeep (o kit que traz o item custa R$ R$ 3.500). O Compass também tem sua exclusividade de série: o freio de estacionamento elétrico.
No quesito espaço, os dois carros são equivalentes. O Corolla tem distância entre os eixos e porta-malas maiores. O Compass contra-ataca com o teto mais alto. Além disso, é mais fácil organizar as malas em seu bagageiro, graças à ampla abertura da tampa.
Uma peculiaridade bastante irritante do Jeep é o som muito alto do alarme.
O acabamento de ambos é bom. O do Corolla é mais bem-feito e traz materiais de ótima qualidade, embora não se destaque pela beleza No Compass, por sua vez, o visual interno agrada mais aos olhos.

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