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Renault Kwid desafia o Fiat Mobi

Em briga de modelos com espaço interno bastante limitado, o estreante tem Batalha apertada

Ae/Hairton Ponciano

O visual é aventureiro, o motor é 1.0, o porte é semelhante e o preço, próximo. O Fiat Mobi Way (que parte de R$ 41.260 e tem 17 cm de altura livre) acaba de ganhar um oponente à altura, o Renault Kwid, que na versão mais cara, Intense, é tabelado em R$ 39.990 e tem 18 cm de distância do chão.
A briga foi apertada, mas só no que diz respeito a espaço, quesito em que ambos são bastante limitados. No comparativo, o Kwid venceu com ampla vantagem. O estreante da Renault anda mais, gasta menos, é mais bem equipado e tem seguro inferior.
Com seus 3,6 m de comprimento, o Mobi é apertado no banco traseiro e tem porta-malas minúsculo (215 litros). O Kwid (3,68 metros) é mais espaçoso e oferece bagageiro maior (290 litros). Porém, se o motorista abrir levemente o braço, bate o cotovelo na porta.
O Kwid tem motor 1.0 de três cilindros, bem mais moderno que o quatro-cilindros do Mobi. Embora seja menos potente (70 cv, ante 75 cv do Fiat), o Renault leva vantagem na boa relação peso-potência (11,2 kg/cv, contra 12,9 kg/cv.
Graças a isso, o Kwid é bem mais ágil e econômico: com gasolina, faz média de 15,6 km/l na estrada. O Mobi faz 14,2 km/l de média rodoviária. Até os pneus mais finos colaboram para a redução de consumo, por causa do menor atrito: no Renault, eles são 165/70; no Fiat, 175/65.
Menos área de contato significa menos estabilidade, mas o Kwid apresentou bom comportamento em curvas fechadas.
Ainda em termos de segurança, o Renault tem quatro airbags (contra os dois frontais, obrigatórios do Fiat), além de duplo sistema Isofix para fixação de cadeira infantil. O Mobi não oferece o dispositivo.
Outra vantagem do Renault está nos três apoios de cabeça no banco traseiro (dois no Fiat), embora nenhum dos carros seja apropriado para acomodar com algum conforto mais do que duas pessoas atrás.
A isolação acústica é bem melhor no Mobi. No Kwid, ouve-se facilmente o ruído vindo do motor, da transmissão e da suspensão. O Fiat também apresenta melhor acabamento: percebe-se preocupação com as texturas, coisa que não se vê no rival. O Renault tem muitos parafusos aparentes, mas compensa isso com uma vantajosa relação custo-benefício.

equipamentos
Em termos de equipamentos, o Kwid também leva a melhor sobre o Mobi. Afora os itens adicionais no que diz respeito à segurança, só o modelo da Renault oferece de série, na versão mais cara, central multimídia de 7” com câmera de ré e navegador GPS. No Mobi, há o opcional Live On (R$ 2.511), que transforma o smartphone em sistema de entretenimento. O pacote inclui limpador/desembaçador traseiro.
O Mobi Way oferece alternativamente outro opcional, que inclui som convencional e o kit limpador/desembaçador, por R$ 2.194. Nos dois casos, há comandos de sistema de som no volante, conforto inexistente no carro da Renault.
O Kwid tem direção elétrica, mais eficiente que a hidráulica do Mobi. O curioso é que até agora a Fiat só oferece o sistema elétrico de direção para o Mobi Drive, única versão com motor de três cilindros.
No subcompacto da marca italiana, os botões de vidros elétricos estão na porta, posição melhor que no Renault (no painel). O Fiat é superior também por oferecer ajuste de altura na coluna de direção. No Kwid, coluna e banco não têm esse tipo de regulagem.
Outra desvantagem no carro da Renault é que as portas não têm travamento automático, em função da velocidade. Além disso, os espelhos retrovisores são muito pequenos.

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