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Polícia Federal deflagra operação contra vários crimes financeiros em Indaiatuba

Ação combate sonegação, fraudes, lavagem de dinheiro e organização criminosa em outras cidades

A Polícia Federal deflagrou, na manhã da terça-feira (11) a Operação Black Flag para apurar crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e lavagem de dinheiro, que chega a R$ 2,5 bilhões, em 4 estados. Foram 15 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara de Campinas.

Dez presos são da região e foram cumpridos mandados em Campinas, Sumaré, Valinhos e Indaiatuba. As fraudes foram descobertas a partir de ações fiscais da Receita Federal, que detectou movimentações financeiras suspeitas, até que se chegou em uma organização criminosa, que sustentava um alto padrão de vida dos envolvidos, como veículos de luxo, imóveis. Só uma lancha apreendida tinha o valor de cerca de R$ 5 milhões. Durante a manhã, foram realizadas buscas em Campinas, em um centro empresarial na Avenida José Bonifácio Coutinho Nogueira e em um Spa no Cambuí.

De acordo com o Delegado de Polícia Federal, chefe da Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime organizado, Marcelo Ivo de Carvalho, que a origem dos recursos da organização envolveu fraudes públicas, entre as vítimas a empresa de fomento econômico Paulista, Desenvolve SP e a Caixa Econômica Federal.

O Delegado de Polícia Federal, Edson Geraldo de Souza, Chefe da Delegacia em Campinas, explica que, além de lesar empresas públicas, a organização criava empresa de fachada. Um dos presos é um contador de Campinas que criava pessoas jurídicas, com sócios fantasmas, que emitiam notas para justificar os valores movimentados pela organização criminosa. Além de São Paulo, foram cumpridos mandados em outros três estados Ceará, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

No total, 220 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participam da Operação, em uma ação conjunta entre a Polícia Federal, Receita e Ministério Público Federal. Foi determinado o afastamento de um Delegado de Polícia Federal do exercício do cargo.

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, crimes contra a ordem tributária, estelionato, falsidade ideológica e material e organização criminosa.

Operação Noteiras em INDAIATUBA
Dope, Ministério Público, Secretaria da Fazenda e Procuradoria Geral do Estado fazem uma operação de combate à sonegação fiscal, fraudes, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

São 38 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão. Os alvos são empresas e pessoas físicas, em 23 endereços nos municípios de Guarulhos, Sorocaba, Votorantim, Indaiatuba e Pilar do Sul.

As equipes saíram da sede do MP de SP: 60 agentes Fiscais da Secretaria da Fazenda, 9 Procuradores da Procuradoria Geral do Estado, 5 Promotores do MP/SP, e 8 policiais civis de Maceio/AL.

O DOPE destacou 140 policiais e 60 viaturas. Os presos e os materiais apreendidos são levados para Divisão de Capturas, Rua Brigadeiro Tobias 527. A Operação Noteira investiga um esquema de sonegação fiscal criado por um grupo de empresários do setor de plástico.

As fraudes ocorreram por meio da emissão de cerca de 20 mil notas fiscais fraudulentas, no valor aproximado de R$ 4 bilhões, segundo os investigadores. O prejuízo para o Estado de SP é estimado em R$ 200 milhões. Estão sendo cumpridos 14 mandados de prisão em SP (nas regiões de Sorocaba, Votorantim, Pilar do Sul, Indaiatuba e Guarulhos) e 10 em Alagoas. Entre os alvos estão empresários, advogados e contadores.

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