Nazaré está na crista da onda

Por AE/ Paulo Favero • Foto Divulgação

A cidadezinha costeira de Nazaré, em Portugal, tem atraído cada vez mais turistas que querem ver de perto a força de suas ondas. Todos os anos, nos meses de grandes ondulações no Atlântico Norte, a previsão do tempo é consultada para que as pessoas consigam apreciar os surfistas mais destemidos do planeta em ação.
E não é para menos. Em janeiro, ondas de mais de 20 metros chegaram à Praia do Norte e fizeram o principal cartão-postal da região ser renovado. A brasileira Maya Gabeira surfou uma onda estimada em 24 metros há duas semanas – está pleiteando reconhecimento do Guinness Book de maior onda surfada por uma mulher. Outro atleta, o português Hugo Vau, surfou recentemente uma montanha de água de aproximadamente 35 metros.
O sucesso turístico de Nazaré, que começa a dividir espaço na agenda dos turistas com lugares como Lisboa, Porto e Sintra, foi criado a partir do surfe. Em 2010, o norte-americano Garrett McNamara entrou de cabeça em um projeto que tinha como objetivo usar as imagens e vídeos das grandes ondas para divulgar a localidade como destino turístico. Deu certo.
McNamara conta, inclusive, que chegou a desdenhar do projeto. Ele recebeu e-mails com o convite por mais de cinco anos, até que sua mulher falou que ele deveria dar uma olhada. “Isso mudou minha vida. Eu pesquisei em todas as partes do mundo, procurei em muitos lugares, mas nenhum local tem um cânion submarino como Nazaré. Para se ter uma ideia, se em Supertubos, em Peniche, está dez pés de altura, em Nazaré está 50 pés. É um fenômeno”.

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