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Ex-PMs receberam condenação por assassinato de empresário

O caso aconteceu em 2010 e envolveu 3 militares e um funcionário da vítima

Ontem (27) aconteceu em Indaiatuba o julgamento a Júri Popular dos ex-policiais militares Adilson Soares e Tiago Pedersoli. Os dois são acusados de assassinar o empresário João Carlos Pereira de Lima em 2010. O julgamento durou quase 10 horas.
A Juíza, Dra. Daniela Faria Romano, decretou a pena de 16 anos indo de acordo com o Júri, mas como os réus confessaram o crime a pena caiu para 13 anos e 4 meses. Por já estarem cumprindo a pena, Adilson há 7 anos e 4 meses e Tiago há 6 anos e 9 meses, os dois vão finalizar a pena em regime semiaberto.

Caso
O crime aconteceu em 2010 quando Adilson Soares e Tiago Pedersoli foram de moto ao encontro de João Carlos Pereira de Lima, responsável por máquinas caça-níqueis em Capivari, e Sandro Berganton, funcionário de João há pelo menos 8 anos. Os disparos foram feitos por Thiago contra João que morreu na hora, ao todo foram 7 tiros nas áreas da cabeça e do peito.
Na época o crime foi registrado como latrocínio, quando o acusado mata para roubar, mas, de acordo com a promotoria, o motivo real foi execução, os envolvidos no planejamento do assassinato são Sandro, Adilson, e outro policial militar, Olival Nogueira, que informou aos comparsas no dia que não poderia ir até o local onde seria cometido o crime. Por esse motivo Adilson contactou Tiago, amigo de escola militar, alegando que precisava de ajuda porque estava sendo ameaçado.
A defesa de Thiago não concordou 100% com a decisão do Júri, já que para Dra. Mara Kinoshita, advogada do réu, considera a participação dele como homicídio simples, já que ele não fez parte e não sabia do planejamento prévio do assassinato. “Nós aceitamos a pena porque de qualquer forma ele entraria em regime semiaberto, mas acreditamos que ele não merece a mesma pena do que os outros envolvidos”, diz a doutora.
Os processos contra Sandro e Olival foram separados e os dois ainda não foram a julgamento. Segundo o promotor Gaspar Pereira da Silva o crime ocorreu com intenção de Sandro e Olival assumirem os negócios de João Carlos.

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