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Avaliação: Off-road com conforto

Nova geração da Nissan Frontier encara as líderes Hilux, S10 e Ranger em disputa de picapes

AE/José Antonio Leme

As principais representantes do segmento de picapes médias passaram por renovação nos últimos anos. Agora, é a vez de modelos com vendas menos significativas mudarem, na tentativa de ganhar força na categoria. É o caso da Nissan Frontier, cuja nova geração desafia os três modelos mais emplacados do país: Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger.
Apesar de ser a mais ‘velha’ desse grupo, a Ranger, que parte de R$ 185.190 na versão Limited, continua imbatível. A Ford venceu o comparativo por ter motor potente e câmbio eficiente, além de ampla lista de itens de série – com destaque para equipamentos de segurança como sete airbags, assistente de permanência em faixa e frenagem automática de emergência.
O segundo lugar ficou com a S10 High Country que, tabelada a R$ 179.590, se destaca pelos bons preço e mecânica. A Frontier, terceira colocada, sai a R$ 166.700 na versão LE e, além do bom custo-benefício, tem suspensão bem ajustada.
A Hilux ficou na ‘lanterna’. Com preço de R$ 190.920, a versão SRX é a mais cara deste comparativo e também a com cotações de seguro mais altas. Além disso, diante do motor das rivais, o da Toyota é fraco.
De série, todas têm controles de tração e estabilidade, seletor eletrônico de tração, central multimídia, auxílios de partida em rampa e descida e câmera traseira. Assim como a Ranger, a Hilux traz sete airbags, ante dois da S10 e Frontier. Mas apenas a Toyota tem volante com ajuste de profundidade.
O motor 3.2 da Ranger gera 200 cv e entrega torque mais suavemente que o 2.8 (com a mesma potência) da S10. Isso ocorre graças ao ajuste do câmbio, mais linear nas marchas curtas, enquanto a rival tem um atraso na resposta e faz uma entrega mais ríspida.
O biturbo 2.3 de 190 cv da Frontier é suave e responde bem, mas não faz uma sincronia perfeita com o câmbio – especialmente em trechos de serra, quando fica trocando marchas o tempo todo.
Já o câmbio da Hilux é bom e ajuda a compensar a falta de potência do motor 2.7, que produz 177 cv. Ainda assim, a Toyota é mais lenta que as rivais para retomar velocidade.
A direção elétrica da Ranger tem peso ideal, mesmo em altas velocidades. Para uma picape, suas respostas são até diretas. Na S10, que também utiliza assistência elétrica, os comandos são mais lentos e a sensação é de que a dianteira é mais pesada que a das rivais.
Frontier e Hilux têm direção hidráulica, cujas respostas são bem semelhantes, porém mais lentas que as das elétricas.
A suspensão firme da S10 evita que a carroceria incline muito em curvas e pule demasiadamente em pisos ruins. A Ranger tem comportamento parecido, mas sacoleja um pouco mais quando está no fora de estrada.
A Frontier é a única que não usa feixe de mola atrás, e sim eixo rígido com braços arrastados. A configuração privilegia o conforto sem perder vocação para o trabalho duro. A Toyota tem suspensão mole, que gera sensação de insegurança em curvas e faz o sistema de estabilidade intervir muito cedo.

Cabines
No geral, a vida a bordo é semelhante nas quatro picapes do comparativo. Em todas, o espaço interno é bom para quatro adultos. O quinto sofre, por causa do túnel central alto.
Entre os mimos, Frontier e Hilux têm partida por botão e faróis de LEDs, enquanto a Ranger traz farol alto automático e a S10 oferece o sistema OnStar de concierge, rastreamento e bloqueio do motor. Embora tenha alerta de colisão frontal e saída involuntária de faixa, não há sistemas automáticos para evitar acidentes.

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